Grupo de apoiantes do movimento Climáximo começam a ser julgados em 22 de abril

Onze apoiantes do movimento ambientalista Climáximo vão começar a ser julgados em 22 de abril pelo bloqueio da Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em dezembro de 2023, anunciou hoje o movimento.

© Facebook/climaximo

A ativista do Climáximo Matilde Alvim disse à Lusa que o julgamento irá decorrer no Campus de Justiça nos dias 22, 23 e 24 de abril e que estão a ser organizadas “atividades de solidariedade e resistência” ao longo dos três.

Os 11 ativistas em julgamento, com idades entre 20 e 58 anos, estão acusados de “desobediência civil” e “interrupção das comunicações” e, em caso de condenação, arriscam penas superiores a um ano de prisão.

“A poucos dias dos 50 anos da Revolução dos Cravos, 11 apoiantes do Climáximo vão estar a ser julgados em tribunal pelo protesto político de bloqueio da Avenida Eng. Duarte Pacheco, em Lisboa, que ocorreu em dezembro de 2023. O julgamento vai durar três dias e conta com dezenas de testemunhas, para além de um programa em solidariedade que promete envolver e organizar os próximos passos do movimento pela justiça climática” – as “Assembleias de Abril”, precisa informação divulgada pelo Climáximo.

Segundo o movimento, “as 11 pessoas serão julgadas por terem lutado pela vida” no planeta.

“Não podemos normalizar a violência extrema que é a crise climática. A seca no Algarve, os milhões de pessoas atualmente deslocadas, e os milhares de mortes devido à crise climática. Sabemos que os governos e as empresas continuam os seus planos de destruição. Delegar-lhes a responsabilidade de travar a crise climática é o mesmo que esperar que o ditador ponha fim à ditadura”, adianta o movimento.

O programa de ações em defesa do clima inclui debates sobre os “Planos de Desarmamento e de Paz” do Climáximo, palestras e assembleias abertas de “construção dos próximos passos do movimento”.

 

Últimas do País

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) mostrou-se hoje disponível para reforçar o dispositivo especial de emergência pré-hospitalar em todo o país, nomeadamente na Península de Setúbal, área mais fustigada pelo encerramento das urgências de ginecologia e obstetrícia.
O Tribunal da Relação de Coimbra declarou a perda de mandato de Rui Ventura (PSD), presidente da Câmara de Pinhel com funções suspensas, que tinha sido condenado, em primeira instância, por um crime de peculato de uso.
Uma operação conjunta realizada no passado dia 10 de julho, em Casal de Cambra (concelho de Sintra), resultou na deteção de uma creche ilegal onde se encontravam dez crianças, todas com menos de três anos, sem qualquer supervisão e em condições altamente perigosas.
A Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) alertou hoje para a falta de ‘kits’ de pesquisa de sangue oculto nas fezes para rastreio do cancro do cólon e reto em várias Unidades Locais de Saúde (ULS).
O ex-motorista do antigo ministro Eduardo Cabrita foi condenado a 14 meses de prisão com pena suspensa pelo atropelamento mortal de um trabalhador na A6. O acidente ocorreu enquanto o arguido seguia numa faixa da autoestrada. A sentença foi proferida após seis semanas de julgamento.
A GNR deteve 13 homens e três mulheres nos concelhos de Aljustrel e Alcácer do Sal por suspeita de crimes de tráfico de droga no âmbito de uma investigação que durava há cerca de dois anos.
A nova unidade hospitalar vai dar apoio ao Hospital Amadora-Sintra, um dos maiores na região de Lisboa e Vale do Tejo, passando a atender os casos não urgentes no serviço de urgência.
Um incêndio agrícola que deflagrou hoje no concelho de Alter do Chão, distrito de Portalegre, está a ser combatido por 105 operacionais apoiados por 24 veículos e sete meios aéreos, disse fonte da Proteção Civil.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) contrariou hoje a Lactogal relativamente à classificação dos resíduos em causa nas descargas no rio Onda e defendeu a necessidade de uma fiscalização rigorosa e de procedimentos legais exigentes.
A PJ deteve hoje cinco funcionários públicos dos portos de Setúbal e Sines, no âmbito de uma operação de combate ao tráfico de droga que já tinha levado à detenção de dois funcionários da Autoridade Tributária (AT) em fevereiro.