Portugal admite “muita preocupação” mas tem reservas de gás e petróleo a 90%

O Governo admitiu hoje "muita preocupação" na União Europeia (UE) sobre o impacto energético das tensões no Médio Oriente, embora garantindo que Portugal tem reservas de gás e petróleo a 90%, capazes de fornecer energia ao país "durante semanas".

©D.R.

“Há aqui uma preocupação sobre o que se está a passar no Médio Oriente e como é que isso pode ter efeitos nos preços da energia. Estamos muito preocupados. No entanto, no caso de Portugal, as nossas reservas estão bem e praticamente cheias — tanto de gás como de petróleo –, mas são finitas e esgotam-se”, declarou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

Em concreto, “temos praticamente 90% de reservas” de gás e petróleo, que “são para umas semanas”, referiu a responsável, falando à imprensa portuguesa em Bruxelas na sua `estreia` à frente da tutela na capital belga, na reunião informal dos ministros da Energia da UE.

A governante disse esperar que não se verifique uma situação de crise, nomeadamente devido à nova legislação comunitária para o setor energético: “Vamos esperar que não aconteça, mas estamos mais preparados”.

De momento, segundo Maria da Graça Carvalho, ainda não se equacionam medidas adicionais a adotar, até porque “nos últimos dias houve uma ligeira descida do preço do barril de petróleo”, mas será “preciso estar atento e monitorizar”.

No que toca ao gás teme-se que um conflito mais generalizado no Médio Oriente possa colocar em risco os fluxos de gás natural liquefeito e tais preocupações podem levar à instabilidade do mercado.

O mesmo se teme em relação ao petróleo, sendo que uma crise na região pode reduzir a produção no Irão e na Arábia Saudita, dois dos principais países produtores.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 `drones` (aparelhos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita.

Hoje, foi divulgado que a dependência da UE de petróleo bruto e produtos petrolíferos aumentou para um novo máximo de 97,7% em 2022, depois de ter recuado para 91,6% em 2021, segundo dados do Eurostat.

Últimas de Economia

Cerca de 1 milhão de pensionistas recebem este mês um bónus de 200 euros, a que se soma um universo semelhante com 150 euros e 381 mil que recebem 100 euros, segundo dados do Ministério do Trabalho.
O Tribunal de Contas (TdC) reiterou hoje os riscos associados às medidas especiais de contratação pública, em que predominam procedimentos não concorrenciais, aconselhando o Governo e o parlamento a reponderarem a “justificação e utilidade” deste regime.
A CP vai ser compensada em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pelo Passe Ferroviário de 20 euros, segundo o documento que o Governo apresenta hoje, a que a Lusa teve acesso.
A Comissão Europeia conseguiu hoje apoio dos Estados-membros da União Europeia para avançar com tarifas de compensação de até 36,3% às fabricantes de carros elétricos chineses no espaço comunitário por concorrência desleal, apesar do voto contra da Alemanha.
O índice mundial de preços dos alimentos básicos calculado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) registou em setembro o maior aumento em 18 meses, especialmente para o açúcar, informou hoje a agência.
A taxa de poupança das famílias na zona euro subiu para 15,7% no segundo trimestre, mas a de investimento recuou para 9,2%, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
A execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo em conta os marcos, metas e os fundos recebidos, é inferior à média da área do euro, mas a aprovação do sexto pedido de desembolso pode equilibrar as contas.
O preço do barril de petróleo subia após uma declaração do Presidente norte-americano, Joe Biden, a dar conta de "conversações" com Israel sobre eventuais ataques a instalações petrolíferas iranianas.
O preço das casas aumentou, no segundo trimestre, 1,3% na zona euro e 2,9% na União Europeia, face ao período homólogo, e Portugal registou a segunda maior subida em cadeia (3,9%), divulga hoje o Eurostat.
Os fogos licenciados em construções novas recuaram 4,8% até julho em termos homólogos, tendo as licenças para construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais caído 2,7% e o consumo de cimento aumentado 3,9%, segundo a AICCOPN.