CHEGA quer explicações do Governo sobre ataque a imigrantes no Porto

O líder do CHEGA condenou hoje a violência e os crimes de ódio contra imigrantes e sugeriu que o que aconteceu no Porto pode estar relacionado com “ataques e roubos” na cidade, pedindo explicações à ministra da Administração Interna.

© Folha Nacional

“O CHEGA decidiu chamar de urgência ao parlamento a senhora ministra da Administração Interna não só para explicar e apresentar os dados que tenha na sua posse em relação ao que ocorreu no Porto e às motivações desse ataque, que deve ser investigado e punido severamente, mas também para explicar por que razão a baixa do Porto tem sido assolada por ataques, roubos e outro tipo de crimes, muitas vezes cujos autores são imigrantes, quer argelinos, marroquinos ou outros, e tal tem sido escondido do país nos últimos tempos”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas na sede nacional do CHEGA, em Lisboa, sobre as agressões a imigrantes que aconteceram na madrugada de sexta-feira no Porto.

“A senhora ministra deve explicar o que pretende fazer sobre esta situação para evitar que a violência e o ódio se multipliquem e que a segurança e a ordem sejam verdadeiramente a regra em Portugal, e não episódios como este”, defendeu.

O líder do CHEGA disse que o seu partido “condena sem reservas toda a violência, todos os crimes de ódio ou motivados por qualquer outro fator” e saudou o trabalho das forças de segurança e de investigação criminal.

Apontando que “a violência não pode ter lugar em Portugal” e que a condenação deve ser clara e inequívoca”, Ventura recusou também ser “hipócrita sobre o que se passa, nem ter dois pesos e dois medidas”.

André Ventura disse não existirem certezas “em relação à origem dos agressores, as suas motivações e aquilo que levou aos ataques” e que a “PSP disse que era prematuro falar de ataques racistas ou com motivação racista”.

Na sequência destas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.

Dada a suspeita de existência de crimes de ódio, o assunto está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

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