Líder da oposição acusa Maduro de escolher caminho “da repressão”

A líder da oposição venezuelana acusou na quarta-feira o Presidente do país, Nicolás Maduro, de escolher o caminho "da repressão” após “a sua derrota” nas eleições presidenciais.

©Facebook de Maria Corina Machado

“Oferecemos ao regime que aceite democraticamente a sua derrota e avance com a negociação para assegurar uma transição pacífica; no entanto, optaram pela via da repressão, da violência e da mentira”, escreveu María Corina Machado, principal apoiante do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, na rede social X (antigo Twitter).

A ex-deputada pediu aos venezuelanos que se mantenham “ativos e firmes” e se mobilizem para “fazer valer a verdade”, numa referência à vitória que atribuiu ao candidato da principal coligação da oposição – a Plataforma Democrática Unida (PUD) – com 70% dos votos.

Na mensagem, Machado lembrou que a oposição maioritária “luta há anos para unir” o país “em torno de valores comuns num movimento cívico de resgate da liberdade”.

Milhares de cidadãos protestam desde segunda-feira contra o resultado emitido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro vencedor por pouco mais de 704.114 votos contra González Urrutia, quando ainda faltavam contar mais de dois milhões de boletins, o que poderia alterar os resultados finais.

O Governo classificou as manifestações “de terroristas”, tendo detido mais de 1.200 pessoas, segundo dados oficiais.

Além disso, responsabilizou pelas ações González Urrutia e Machado, que, disse Maduro, “deviam estar atrás das grades”.

O Centro Carter, que participou como observador nas eleições, disse na terça-feira que o processo “não se adequou” aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e, por isso, esta “não pode ser considerada uma eleição democrática”.

Últimas de Política Internacional

A responsável pela política externa da União Europeia (UE), Kaja Kallas, classificou hoje os mais recentes ataques russos à Ucrânia como inaceitáveis, afirmando que Bruxelas está a ponderar impor novas sanções contra Moscovo.
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse hoje que o seu encontro com o Presidente norte-americano Donald Trump poderá contribuir para a conclusão de um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou este sábado a construção de 60 centrais de ciclo combinado para dar um novo impulso à elétrica estatal Comissão Federal de Eletricidade (CFE).
Uma nova ronda de negociações indiretas entre Israel e o Hamas deverá começar hoje no Qatar sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza, disse uma fonte palestiniana ligada ao processo.
A Ucrânia reivindicou ter atacado hoje uma base aérea russa, enquanto a Rússia continuou a bombardear o país com centenas de `drones` durante a noite.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira, depois de conversar com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que concordaram em “reforçar a proteção” dos céus ucranianos após mais um ataque de drones e mísseis russos.
O chanceler alemão pediu hoje à União Europeias (UE) um acordo comercial rápido e simples com os Estados Unidos, que promova a prioridade a determinadas indústrias chave, seis dias antes do prazo estabelecido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
O pré-candidato anunciado às presidenciais brasileiras de 2026 Ronaldo Caiado, governador do estado de Goiás, advertiu hoje as autoridades portuguesas “que não baixem a guarda” contra organizações criminosas brasileiras que estão a instalar-se com força em Portugal.
O Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou hoje o projeto de lei do Presidente Donald Trump, apelidado de "Big Beautiful Bill", sobre as grandes reduções fiscais e cortes na despesa, por uma margem mínima de votos.
O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.