Preços na produção industrial aumentam 1,6% no 3.º trimestre

Os preços na produção industrial aumentaram 1,6% no terceiro trimestre do ano, numa aceleração de 1,0 pontos percentuais face ao trimestre anterior, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

© D.R.

“No terceiro trimestre de 2024, os preços da produção industrial aumentaram 1,6%, traduzindo uma aceleração de 1,0 p.p. face ao resultado no trimestre anterior”, aponta o INE num destaque hoje publicado.

Entre os grandes agrupamentos, destacaram-se as subidas de 3,2% e 1,4%, respetivamente, nos “bens de consumo” e nos “bens intermédios” (3,0% e -3,2% no trimestre anterior), enquanto os bens de investimento (0,1%, 0,4% no trimestre anterior) e a energia (0,3%, 4,3% no trimestre anterior) tiveram subidas mais modestas.

Apenas em setembro, os preços na produção industrial aumentaram 0,9%, em termos homólogos, uma taxa inferior em 1,1 pontos percentuais à de agosto.

Numa análise sem o agrupamento da energia, a subida homóloga do índice foi de 1,9%, contra 2,1% no mês anterior.

Em setembro, o agrupamento “energia” recuou 3,4%, depois de ter crescido 1,5% no mês anterior, tendo também os “bens de investimento” baixado 0,2% (0,0% em agosto).

Já os “bens de consumo” e os “bens intermédios” tiveram variações homólogas de 3,3% e 1,4% em setembro, depois de crescimentos de 3,4% e 1,7% em agosto.

Para a taxa de variação homóloga, o maior contributo veio do agrupamento dos “bens de consumo” (1,1 pontos percentuais), seguindo-se os “bens intermédios” (0,5 pontos), enquanto os “bens de investimento” tiveram um contributo nulo e a energia teve um contributo negativo de 0,6 pontos.

Segundo o INE, na secção das “indústrias transformadoras”, os preços aumentaram 0,4%, resultando num contributo de 0,3 pontos percentuais para a variação do índice total (variação de 1,0% e contributo de 0,9 p.p. em agosto).

Por sua vez, a secção de “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” recuou 5,2 pontos percentuais, para uma variação de 5,9% e contribuindo com 0,5 pontos para o agregado.

Em termos mensais, os preços na produção industrial registaram uma diminuição de 1,0%, contra uma subida de 0,1% um ano antes.

De acordo com o INE, todos os agrupamentos registaram variações negativas, destacando-se as reduções de “energia” (-3,1%) e “bens intermédios” (-1,0%), que contribuíram no mês com -0,5 pontos e -0,3 pontos, respetivamente.

Tanto os “bens de consumo” como os “bens de investimento” caíram 0,2% em cadeia.

Excluindo o agrupamento de “energia”, o índice diminuiu 0,5% (redução de 0,3% no período homólogo).

Na secção das “indústrias Transformadoras” os preços diminuíram 0,7% em setembro (que compara com uma variação nula no período homólogo), contribuindo com -0,6 pontos percentuais para a variação mensal do índice total.

A secção de “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” apresentou uma diminuição de 4,0% e um contributo de -0,4 pontos percentuais (0,6% e 0,1 pontos percentuais no período homólogo).

Últimas de Economia

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai pedir um reforço em 250 milhões de euros da garantia pública a que pode aceder para crédito à habitação para jovens, disse hoje o presidente executivo em conferência de imprensa.
O índice de preços dos óleos vegetais da FAO foi o único a registar um aumento em outubro, contrariando a tendência de descida generalizada nos mercados internacionais de bens alimentares. O indicador subiu 0,9% face a setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022, segundo o relatório mensal divulgado pela organização.
Apesar de o número total de empresas criadas em Portugal até setembro ter aumentado 3,7% face ao mesmo período de 2024, mais 1.636 novas constituições, atingindo o valor mais elevado dos últimos 20 anos, os dados do Barómetro da Informa D&B revelam sinais de desaceleração em vários setores e regiões do país.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em setembro, face ao mesmo mês de 2024, com a mão-de-obra a subir 8,8% e os materiais 1,4%, segundo dados do INE hoje divulgados.
A ministra do Trabalho afirmou hoje, no parlamento, que as pensões mais baixas deverão ter um aumento de 2,79% em 2026 e que a atribuição de um suplemento extraordinário dependerá da folga orçamental.
A EDP prevê investir cerca de 2,5 mil milhões de euros em Portugal no período 2026-2028, dos quais 1.700 milhões em redes de eletricidade, anunciou hoje o presidente executivo do grupo, Miguel Stilwell d’Andrade.
O Banco da Inglaterra decidiu hoje manter as taxas diretoras em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos, ao avaliar que as pressões inflacionistas persistem na economia britânica.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou hoje que a perceção de risco da República francesa pode vir a contagiar uma economia como a portuguesa, pelo que não se deve estar "relaxado" face à situação orçamental.
A Comissão Europeia anunciou hoje ter aberto uma investigação a um possível conluio, violando as regras europeias, entre a Deutsche Börse, grupo alemão que opera a Bolsa de Valores de Frankfurt, e a norte-americana Nasdaq.
A Air France-KLM vai formalizar a manifestação de interesse na compra da TAP nas próximas semanas, até ao final de novembro, confirmou hoje o presidente executivo (CEO) da companhia Benjamin Smith.