“Não nos surpreende que seja o PS a assumir o encargo da governação, a suportar o Governo e a permitir este orçamento de bloco central”, afirmou André Ventura.
O líder do CHEGA falava aos jornalistas na Assembleia da República, depois de na quinta-feira à noite o secretário-geral do PS ter anunciado que vai propor à Comissão Política Nacional que o partido se abstenha na votação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na generalidade e na votação final global.
André Ventura indicou que este anúncio “não é mais do que o corolário de um processo” identificado pelo CHEGA “de que PS e PSD estavam a construir juntos uma governação conjunta, um orçamento de bloco central”, que levou o partido a excluir-se das negociações em torno do OE2025.
“Faz todo o sentido, com este tipo de orçamento, que seja o PS finalmente, depois de toda uma encenação durante meses, a assumir que é o parceiro de governação de Luís Montenegro e deste orçamento”, sustentou.
Ventura defendeu também que o processo negocial tem a vantagem de clarificar “quem fica a sustentar o Governo e quem fica a liderar a oposição”.
“O homem que queria unir as esquerdas acaba a viabilizar o orçamento do PSD e do CDS. Ficou, ao menos, claro quem sustenta a governação, como no caso da geringonça, e quem ficará a liderar essa oposição, que é o caso do CHEGA”, referiu.