Maioria dos portugueses admite pagar mais por bens mais sustentáveis

A maioria dos portugueses admitiu pagar um valor mais elevado por opções mais sustentáveis em categorias de produtos essenciais como energia, bens alimentares, higiene e roupa, segundo um estudo da Boston Consulting Group (BCG), hoje divulgado.

© D.R.

Entre as várias categorias de produtos, destacou-se, em 2024, a energia, onde 57% dos inquiridos revelou estar disposto a pagar um extra por sustentabilidade, o que representa um crescimento de 15 pontos percentuais face a 2023.

Adicionalmente, as categorias de bens alimentares (56%), produtos de higiene (55%) e roupa e acessórios (53%) são aquelas em que os inquiridos disseram ter maior disponibilidade para pagar um extra por sustentabilidade.

No fim da lista ficaram os bens de luxo (18%) e brinquedos e jogos (29%).

A análise concluiu ainda que os portugueses estão disponíveis para pagar, em média, cerca de 10% a mais por sustentabilidade em qualquer categoria de produtos.

Ainda assim, apenas 32% dos inquiridos revelou considerar frequentemente o impacto ambiental nas suas decisões, menos cinco pontos percentuais face à média europeia, mas esta proporção sobe para 41% em adultos com mais de 64 anos, que “mostram uma maior consciencialização para este tema”.

Adicionalmente, 12% dos inquiridos admitiu não tomar decisões sustentáveis, mais dois pontos percentuais em relação ao ano anterior, e um em cada 10 inquiridos disse não estar familiarizado com o impacto das suas escolhas.

“Embora na teoria haja esta disponibilidade, na prática, muitos portugueses ainda não traduzem esta intenção em ações concretas no momento da compra, muitas vezes devido a constrangimentos financeiros ou à falta de informação”, referiu, em comunicado, o diretor-geral da BCG em Lisboa, Carlos Elavai.

O estudo ‘Consumer Sentiment Survey’ (Pesquisa de opinião do consumidor) tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo o território de Portugal continental, feito entre 06 e 20 de agosto de 2024, com 38 perguntas relacionadas com os seus hábitos de consumo em 2024.

Últimas de Economia

As empresas portuguesas enfrentam desafios regulamentares e financeiros acima da média da União Europeia (UE), mas o investimento continua em crescimento, tendo aumentado 14% face ao registado antes da pandemia, segundo um inquérito do Banco Europeu de Investimento (BEI).
O preço do ouro continua a subir, tornando mais valiosas as reservas do Banco de Portugal (BdP), que já valem mais de 33 mil milhões de euros, uma valorização de 7% no arranque do ano.
A União Europeia (UE) tem a partir de hoje em vigor novas regras para embalagens e resíduos de embalagens no mercado europeu, com restrições para determinados plásticos de utilização única e diminuição dos pacotes para evitar desperdício.
O sindicato que representa os funcionários consulares de Portugal no Brasil anunciou hoje uma greve de quatro semanas em março pelo pagamento do salário em euros destes trabalhadores, que recebem “metade do que lhes é devido”.
A associação de defesa do consumidor Ius Omnibus apontou hoje que, apesar de ter sido considerada prescrita a contraordenação dos bancos no caso do `cartel da banca`, os consumidores continuam com o seu direito a indemnização.
A Comissão Europeia anunciou hoje que vai mobilizar cerca de 200 mil milhões de euros para investimento na União Europeia (UE) em inteligência artificial (IA), verba que inclui novo fundo europeu para fábricas gigantes no espaço comunitário.
A União Europeia (UE) está preparada para dialogar com os Estados Unidos sobre as novas taxas alfandegárias impostas por Washington e não tem interesse numa guerra comercial, garantiu hoje a Comissão Europeia.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, avisou hoje que as tensões no comércio mundial podem afetar as perspetivas sobre a inflação na zona euro, quando se prevê um regresso aos 2% durante este ano.
O sindicato de pilotos SIPLA vai avançar com um pré-aviso de greve a tempo parcial, na Portugália, de 12 a 27 de março e entregar à administração da TAP uma proposta de alteração ao regulamento para a contratação externa.
As exportações aumentaram 2,5% e as importações 1,9% em 2024, em termos homólogos, disse hoje o INE, que deu conta ainda de que em dezembro as exportações de bens diminuíram 2,5% e as importações subiram 4%.