Os dirigentes do Bloco de Esquerda acham-se os donos da moralidade, batem no peito para defender os trabalhadores, as mulheres e, em especial, os direitos das mães grávidas ou lactantes. Mas já diz o ditado que a nódoa cai no melhor pano et voilá! Eis que o pano do Bloco de Esquerda está sujo e bem sujo e não há tira-nódoas que resolva o problema. O melhor mesmo é deitar fora, porque não voltará a estar limpo e estou certa que o seu eleitorado não lhe vai perdoar este exímio exercício de hipocrisia política.
O Bloco de Esquerda, que tanto gosta de dizer que defende os direitos laborais das mulheres, despediu cinco funcionárias que tinham sido mães há poucos meses e, por isso, ainda amamentavam. A diminuição de liquidez do partido resulta da contínua – felizmente – queda em atos eleitorais, o que é positivo, porque significa que os portugueses já não caem nas ‘balelas’ da extrema-esquerda.
Além destas mulheres, que assinaram contratos-fantasma a termo sem uma prestação de serviço para o partido, para assim poderem receber uma indemnização pelos seus despedimentos, veio também a público o despedimento de um funcionário naquilo que só se pode descrever como uma história rocambolesca que inclui faturas com o NIF do partido, dinheiro em numerário para compor o salário, avenças fictícias, passagem dos quadrosdo partido para a situação de precário e até uma indemnização paga através de um recibo verde.
Resumindo: não se trata apenas de um caso gritante de imoralidade, trata-se também de um caso de polícia.
Advogados especialistas em direito laboral e direito penal defendem que pode haver aqui crimes de falsificação de documentos e fraude à Segurança Social. Além de hipocrisia, todos estes casos mostram bem como o Bloco de Esquerda e os seus dirigentes não têm moral absolutamente nenhuma. É caso para dizer que, como bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz”.