Situações de violência juvenil e sénior, sempre ocorreram quer na cidade de Coimbra, quer no nosso distrito, quer no espectro Nacional. Em diversas situações, já não ocorrem somente por questões de definição de território “marginal”, por quesitos de toxicodependência, por assuntos derivados do alcoolismo ou mesmo, por querelas familiares.
Devem-se analisar com bastante pormenor, que este tipo de acontecimentos, já não ocorrem somente nos bairros problemáticos ou nos ditos bairros sociais, ocorrem de forma gratuita e derivado de disposições e desentendimentos fúteis.
Muitos acusam e enfatizam que, a proliferação pública de vídeos e fotos, tornaram determinado segmento populacional, “refém” do mediatismo que pretendem ter ou mostrar que têm, esquecendo-se de que a inversão de valores está bem patente nesta sociedade atual e particularmente nas gerações mais jovens.
Quando se assiste, em pleno Século XXI, a mulheres e homens a digladiarem-se por uma questão de afirmação pessoal, mostrando claramente o seu darkside, está tudo dito sobre a evolução que se pretende dar a qualquer ser humano, e em qualquer contexto circunstancial.
Se se fizesse uma avaliação cognitiva a todos os intervenientes neste tipo de “imbecilidades comportamentais”, chegaríamos à conclusão de que a condição humana tende à sua autodestruição, derivado da ambição latente de seres mesquinhos e medíocres intelectualmente.
Nos últimos dias, temos assistido em direto nas redes sociais, a “violência gratuita” em escolas, nas vias públicas, em recintos desportivos e até, na Casa da Democracia, seja ela de índole física, verbal ou moral.
Muitos são os defensores da teoria de que Portugal é um País seguro, mas depois esquecem-se de que em 2023, a nível nacional, houve 3824 incidentes relacionadas com o espaço escolar e em 2024 o número subiu para 4107.
Dos números divulgados pela Polícia de Segurança Pública (PSP), 2956 são de natureza criminal, o que equivale a 72% do total registado no âmbito do Programa Escola Segura (PES). Das ocorrências criminais registadas, 71,4% tiveram lugar no interior do recinto escolar. As mais reportadas e recorrentes, continuam a ser as agressões, as injúrias e as ameaças.
Face a este contexto, fica apenas esta interrogação… PARA ONDE QUER CAMINHAR ESTE ESTADO DITO SOCIAL E DE DIREITO… SÃO ESTES OS VALORES QUE QUEREM FAZER PROLIFERAR PARA A SOCIEDADE FUTURA… Eu e muitos como eu, não acompanhamos este tipo de iniciativas recorrentes, e de forma CLARA e EVIDENTE, dizemos a uma só voz – CONNOSCO NÃO PASSARÃO.