Certificados de aforro sobem em março para máximo e atingem 36.481 milhões

O montante investido em certificados de aforro voltou a subir em março, em termos homólogos, para 36.481 milhões de euros, representando um crescimento de 7,3%, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

© D.R.

Este valor, o mais alto investido em certificados de aforro (CA) desde o início da série do BdP, em dezembro de 1998, representou uma aceleração face ao crescimento homólogo de 5,1% em fevereiro.

Em termos líquidos, o ‘stock’ de CA em março cresceu 2.486 milhões de euros face ao terceiro mês de 2024, enquanto, em cadeia, a subida foi de 726,3 milhões de euros.

Após uma forte procura, impulsionada com a subida das Euribor, os CA começaram a perder o interesse dos aforradores quando, em junho do ano passado, a série de certificados em comercialização (‘série E’) foi substituída pela ‘série F’, com uma taxa de juro mais baixa.

Ainda assim, os investidores voltaram a optar por este instrumento, que mais que compensaram o desinvestimento em certificados do tesouro (CT), que recuaram em março para 9.291 milhões de euros, menos 154 milhões de euros que em fevereiro e uma quebra de 12,2% em termos homólogos.

O valor investido em CT, agora no valor mais baixo desde abril de 2016, tem descido de forma consecutiva desde outubro de 2021, quando atingiu um máximo de 17.865 milhões de euros.

Segundo os dados estatísticos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, as emissões de novos CT foram de seis milhões de euros em fevereiro, enquanto as saídas (resgates) totalizaram 148 milhões de euros.

Já o valor mais baixo em CA foi registado em novembro de 2012, quando Portugal estava a cumprir o plano de resgate e a taxa de desemprego disparou, contabilizando-se então 9,7 mil milhões de euros em investimento nestes títulos.

Os dados hoje divulgados pelo BdP registam ainda que a dívida direta do Estado aumentou 2,6% em termos homólogos, para 294.863 milhões de euros, apesar da diminuição em cadeia de 1.741 milhões de euros.

Em outros instrumentos de dívida, em termos homólogos, as obrigações do tesouro (OT) e os bilhetes do tesouro (BT) cresceram, respetivamente, 7,6% e 31,3%, para 170.523 milhões de euros e 8.970 milhões de euros, ainda que em cadeia tenham seguido rumos diferentes: o saldo líquido das OT cresceu 1.015 milhões de euros ao longo de março, enquanto o dos BT recuou 935 milhões de euros.

Últimas de Economia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta as previsões para o crescimento da economia mundial, para 3,2% este ano, face aos 3% que apontou em julho, segundo o World Economic Outlook (WEO), hoje publicado.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia portuguesa vai crescer 1,9% este ano e 2,1% no próximo, mais pessimista que o Governo, que no Orçamento do Estado aponta para crescimentos de 2% e 2,3%.
Portugal vai receber 1,06 mil milhões de euros do sétimo pedido de pagamento ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) do programa NextGenerationEU, anunciou hoje a Comissão Europeia.
Menos de um quinto das contas de 2024 das entidades que integram os subsetores da Administração Central e da Segurança Social foram instruídas com a respetiva certificação legal, inviabilizando uma leitura consolidada e fiável, segundo um relatório do TdC.
Os preços de ouro e prata, metais preciosos considerados investimento seguro em tempos incertos, bateram, esta segunda-feira, valores recorde, respetivamente com 4.080 dólares (3.512 euros) e 51 dólares (44 euros) a onça de cada um, segundo a Bloomberg.
A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve o 'rating' da Região Autónoma dos Açores em "BBB", com perspetiva de longo prazo estável, foi hoje divulgado.
O IEFP estima abranger 8.000 beneficiários com o novo incentivo de regresso ao trabalho, que permite que os desempregados até aos 30 anos possam acumular até 35% do subsídio desemprego com novo salário, adiantou o MTSSS à Lusa.
O número de voos comerciais na União Europeia aumentou 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas manteve-se 1,8% aquém do registado em 2019, antes da pandemia da covid-19, divulga hoje o Eurostat.
A prata ultrapassou hoje os 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1993 impulsionada pela procura de investimentos refúgio num contexto de incertezas económicas e políticas.
A Comissão Europeia deu hoje dois meses a Portugal para transpor corretamente as regras comunitárias sobre reduções de preços nos serviços, que visam salvaguardar a proteção dos consumidores, considerando que o país não respeita normas sobre práticas comerciais.