“Embora as tarifas aplicadas à região sejam relativamente baixas, uma desaceleração do crescimento mundial poderá afetar a procura de produtos básicos e ter maiores efeitos indiretos para a América Latina através dos preços” dos mesmos e da “depreciação da taxa de câmbio”, afirmou o diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Rodrigo Valdés.
O responsável participou numa conferência de imprensa sobre as previsões de crescimento da região, por ocasião dos encontros de primavera entre o FMI e o Banco Mundial que se realizaram esta semana em Washington.
No seu relatório de perspetivas económicas globais, divulgado na terça-feira, o FMI prevê que o crescimento dos países da região abrandará de 2,4% em 2024 para 2% este ano.
Valdés apontou “o abrandamento do crescimento mundial, a elevada incerteza, o impacto das tarifas e o endurecimento das políticas nacionais em alguns países” como algumas das razões para o crescimento moderado da região.
Em 09 de abril, o presidente norte-americano anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas adicionais aos seus parceiros comerciais que tinha anunciado dias antes.
Ainda assim, a tarifa global de 10% que se manteve em vigor e a tarifa de 145% para a China, que não foi incluída nesta redução tarifária, podem ter consequências para a região, concluiu o FMI.