Ventura espera que portugueses deem “um cartão vermelho” à AD

O presidente do CHEGA, André Ventura, voltou hoje a dizer que espera que os eleitores deem "um cartão vermelho" aos partidos que sustentam o Governo, e defendeu que os portugueses "querem uma mudança".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada, enquanto passava em frente ao casino da Praia da Rocha, em Portimão, que é explorado Solverde, uma das empresas com as quais a Spinumviva trabalhava, o líder do CHEGA disse esperar que no domingo “os portugueses reenviem o Luís Montenegro para a Spinumviva e deixem o Chega governar Portugal”.

André Ventura afirmou que “claramente já não é o momento do Luís Montenegro, agora é o momento do CHEGA governar o país e é isso que se sente na rua”.

“Eu acho que os portugueses querem mesmo combater tudo o que é corrupção e tudo aquilo que foram 50 anos de negociatas à volta da influência política. E por isso eu acho que o que vai acontecer é os portugueses vão dar um cartão vermelho à AD”, disse, defendendo que “as pessoas querem uma mudança”.

A caravana do CHEGA rumou hoje ao Algarve, um dos círculos que venceu nas eleições do ano passado, para duas arruadas em Portimão, praticamente de seguida.

A primeira, no centro da cidade, foi a mais participada até agora, com mais de duas centenas de apoiantes. À chegada, o líder do CHEGA foi recebido em ombros por apoiantes locais. Já na segunda, junto à Praia da Rocha, o número de participantes diminuiu bastante, para poucas dezenas.

À semelhança do que tem acontecido nos últimos dias, as duas iniciativas foram acompanhadas por vários elementos da PSP.

No arranque da segunda semana de campanha para as legislativas, o CHEGA intensificou a agenda. De acordo com o plano distribuídos aos jornalistas, estava prevista apenas uma arruada esta tarde.

Durante a tarde, o partido acrescentou mais duas iniciativas, a arruada na Praia da Rocha e um “convívio noturno com o presidente do Chega”, num bar em Faro, previsto para as 23:00.

O presidente do CHEGA justificou esta iniciativa dizendo querer fazer uma campanha “junto das pessoas” e, esta noite concretamente, dos jovens. E recusou ter ido buscar inspiração à IL.

A campanha, disse, “faz-se em todo o lado, faz-se em tudo o que é Portugal”.

Na altura, André Ventura foi questionado também sobre as declarações do antigo ministro socialista Duarte Cordeiro, que considerou que, quando o líder do Chega defende a administração de Donald Trump, “está a ser um traidor à pátria e aos interesses” de Portugal.

“Eu acho que se o Duarte Cordeiro se afastou da política por alguma razão deve ter sido. É porque ele perdeu a vergonha e a integridade, e eu ainda cá estou sem vergonha e com integridade”, respondeu apenas.

Em Portimão, Ventura repetiu várias vezes que está convencido de que o CHEGA vai vencer as eleições legislativas de 18 de maio e de que vai voltar a ser o partido mais votado no círculo eleitoral de Faro.

“O Algarve e o país todo hoje têm orgulho em ser do CHEGA, como se podia ouvir. As pessoas estão a ter orgulho de mostrar essa mudança e de mostrar que já não são nem de PS nem de PSD”, defendeu.

André Ventura considerou que “aquilo que aconteceu aqui hoje no Algarve é só o símbolo do que vai acontecer no país todo no domingo, uma onda verdadeiramente enorme do CHEGA a varrer o poder político em Lisboa”.

Últimas de Política Nacional

A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social)pediu hoje ao Governo que coloque no centro da ação governativa seis reformas, entre as quais da Segurança Social, fiscal ou da administração pública.
Uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF revela que 74 % dos portugueses são a favor da redução do número de deputados na Assembleia da República.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.
Governo admite que nos próximos meses podem entrar mais de 500 mil imigrantes devido ao reagrupamento familiar, contrariando as suas promessas de controlar a imigração. Ventura considera “inaceitável”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje a União Europeia como parceiro essencial para a paz no espaço alargado que a circunda e apelou à Rússia para que volte ao concerto das nações.
O líder do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o ataque ao ator Adérito Lopes, mas criticou o Presidente da República e o primeiro-ministro por criticarem uns tipos de violência e ficarem em silêncio perante outros.
O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou hoje a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.
A Relação de Coimbra confirmou hoje a condenação a penas de prisão suspensas ao ex-eurodeputado do PSD Álvaro Amaro e ao atual presidente da Câmara de Gouveia, Luís Tadeu, entre outros arguidos envolvidos num caso de parcerias público-privadas.
O CHEGA vai entregar um projeto de lei que prevê a retirada da nacionalidade portuguesa a quem a tenha obtido por naturalização e cometa crimes graves ou incentive “o ódio ou humilhação da nação”, anunciou hoje o partido.
José Rui Cruz, antigo presidente da distrital do PS em Viseu e ex-deputado, está sob acusação do Ministério Público (MP) por crimes de fraude e branqueamento de capitais, num caso que envolve cerca de 140 000 € de fundos públicos destinados à criação de emprego na região.