PSP reforça aeroportos com mais polícias em julho

A PSP anunciou hoje que vai reforçar em julho os aeroportos de Lisboa, Porto, Açores e Madeira com mais polícias, mas para Faro a colocação de mais agentes para o controlo de fronteira foi antecipada.

@PSP_Portugal

Fonte da Polícia de Segurança Pública disse à Lusa que em julho termina o curso de formação de 500 novos agentes, sendo nessa altura reforçados todos os comandos distritais da PSP e alguns dos novos polícias vão ser colocados nas divisões de segurança aeroportuária e controlo fronteiriço dos aeroportos de Lisboa, Porto, Madeira e Açores.

Em Faro, refere esta força de segurança numa resposta enviada à Lusa, a direção nacional da PSP decidiu “antecipar, de forma célere, o reforço já planeado para o verão” com a afetação de mais 14 a 20 polícias oriundos de outros comandos do país.

Este reforço antecipado no aeroporto de Faro tem como objetivo dar “uma resposta imediata às necessidades operacionais” e “permitir uma maior capacidade de resposta e alívio da pressão atual”.

Na semana passada foram instalados nos aeroportos portugueses novos sistemas de controlo de fronteiras, o que está a fazer com que milhares de passageiros oriundos de países de fora do Espaço Schengen esperem várias horas pelo controlo de imigração.

Na terça-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou para o quadro de exaustão dos profissionais afetos à Unidade de Estrangeiros e Fronteiras devido a várias situações que se vivem nos aeroportos, tendo chamado a atenção que com a proximidade do verão são necessárias diligências para “ultrapassar os obstáculos e mitigar os danos junto dos cidadãos, mas principalmente junto dos profissionais da PSP”.

A estrutura sindical destaca os constrangimentos operacionais que se traduzem diariamente em grandes atrasos e enormes filas, um quadro que a estrutura considera “incomportável para o normal funcionamento daquele serviço”.

Na resposta enviada à Lusa, a direção nacional da PSP refere que a implementação do novo sistema de controlo de fronteiras europeu “tem inúmeros desafios” e “exige novas tecnologias, formação e mais recursos humanos”, admitindo que “todos os polícias que estão na fronteira aérea recebem o primeiro embate destas alterações”.

“Este esforço que está a ser exigido de volume de trabalho nesta fase de transição, apenas será mitigado com a aposta em formação de polícias de fronteira, melhores tecnologias e condições de trabalho. Esse é o compromisso nesta fase de transição. Mas simultaneamente estamos a apostar em formação, em capacitação de mais recursos e de mais capacidades tecnológicas para uma fronteira mais eficiente e eficaz”, precisa aquela polícia.

A PSP destaca que a direção nacional “reconhece e valoriza de forma muito clara o esforço e a dedicação dos polícias que, no terreno, têm vindo a cumprir a sua missão com elevado sentido de responsabilidade, muitas vezes indo além do que lhes é exigido, demonstrando um forte espírito de missão e um compromisso inabalável com o serviço público”.

A PSP indica ainda que tem acompanhado de perto a situação nos aeroportos e tem estado, “em articulação com a direção da ASPP e restantes estruturas representativas”, a “encontrar soluções que permitam mitigar os constrangimentos identificados e melhorar as condições de trabalho dos profissionais”.

Na semana passada, o Sistema de Segurança Interna (SSI) anunciou que foi concluída com sucesso a implementação dos novos sistemas ‘VIS4EES’, ‘Passe+’ e ‘Portal Fronteiras’ nas fronteiras aéreas e marítimas ao nível europeu.

O SSI referia ainda que não se registaram “impactos significativos nos tempos de espera face ao habitual”.

Após o comunicado do maior sindicato da PSP ter alertado para a situação nos aeroportos, a Lusa contactou o SSI, mas não obteve qualquer resposta.

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