Oposição exige libertação de ativista preso há mais de cinco meses na Venezuela

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.

© D.R.

Moreno afirmou na quinta-feira que Palocz, alegadamente detido desde 14 de dezembro de 2024, continua “incomunicável, sem acesso ao seu advogado nem à sua família”.

“Os seus direitos estão a ser violados. Exigimos a sua libertação imediata”, acrescentou o dirigente da oposição, numa mensagem publicada na rede social X.

Palocz fez parte da equipa que organizou a campanha presidencial de julho de 2024 do candidato da maior coligação da oposição, Edmundo González Urrutia.

Urrutia, atualmente exilado em Espanha, reclamou vitória e acusou de fraude a comissão eleitoral, que proclamou a reeleição do Presidente Nicolás Maduro.

Também na quinta-feira, o Comité de Direitos Humanos do VV — partido liderado por María Corina Machado — pediu a libertação de todos os presos políticos.

“Continuamos a levantar as nossas vozes até que todos sejam libertados”, declarou o Comité, na rede social X.

Na terça-feira, a organização não-governamental (ONG) Foro Penal denunciou que há 927 presos políticos na Venezuela, entre os quais 82 cidadãos estrangeiros, incluindo quatro portugueses com dupla nacionalidade.

O Governo venezuelano nega que haja presos políticos detidos no país e garante que todos os detidos cometeram crimes, uma alegação rejeitada pela oposição, bem como pelas ONG de defesa dos direitos humanos.

A ONG Amnistia Internacional (AI) alertou em 30 de maio para um “aumento alarmante” das detenções de ativistas na Venezuela e exigiu que as autoridades libertem todas as pessoas detidas de forma arbitrária.

Palocz estava entre as quase 900 pessoas detidas arbitrariamente por motivos políticos na Venezuela cuja libertação a AI exigiu no final de abril.

“Exigimos que [o Presidente] Nicolás Maduro liberte todas as pessoas detidas arbitrariamente e que, enquanto permanecerem detidas, lhes proteja a vida e integridade, nomeadamente garantindo as visitas familiares e os defensores que escolham, assim como condições dignas de detenção”, explicou a AI.

“Muitas dessas pessoas são submetidas a tortura e outros maus-tratos, desaparecimentos forçados e privações arbitrárias de liberdade, para além da ausência sistemática de garantias de um julgamento justo, incomunicabilidade prolongada e negação de cuidados médicos”, acrescentou.

A AI publicou um modelo de uma carta a ser enviada ao Presidente Nicolás Maduro exigindo a libertação e proteção de todos os presos por motivos políticos, “incluindo membros da oposição, castigados pela sua opinião política”.

“Nalguns casos, até hoje, os familiares não têm a certeza absoluta de que o seu familiar se encontra no centro de detenção que as autoridades afirmam estar”, sublinhou.

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