O chefe de Estado chinês reuniu-se com Lavrov, num momento em que os Estados Unidos endurecem o tom contra Moscovo.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou, na segunda-feira, impor tarifas adicionais caso não seja alcançado um acordo de paz na Ucrânia nos próximos 50 dias.
O encontro ocorreu um dia depois de Trump sinalizar um recuo na sua postura face ao Kremlin, após ter expressado publicamente frustração com o Presidente russo, Vladimir Putin, pela continuidade dos bombardeamentos na Ucrânia.
Durante a reunião, Xi apelou à continuação da implementação dos consensos alcançados entre os dois líderes, no quadro de uma relação cada vez mais estreita entre China e Rússia.
Segundo Xi, os ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países devem “prosseguir eficazmente” esse trabalho conjunto.
O encontro serviu ainda para discutir “vários temas relacionados com os contactos políticos bilaterais de alto nível”, incluindo a próxima visita de Putin à China, informou a Sputnik.
De acordo com a agência russa Ruptly, o líder russo deverá participar no desfile de 03 de setembro, em Pequim, que assinala os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
A reunião entre Xi e Lavrov realizou-se à margem da cimeira de ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização de Cooperação de Xangai, que teve início hoje na cidade chinesa de Tianjin, a cerca de 130 quilómetros da capital.
Antes da escalada da guerra na Ucrânia, Xi e Putin declararam em Pequim uma “amizade sem limites”. Desde então, a China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito: defende o respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, mas também exige que sejam consideradas as “preocupações de segurança” de todas as partes, numa referência a Moscovo.
As potências ocidentais têm acusado repetidamente a China de apoiar o esforço militar russo, acusações que Pequim rejeita.