INCÊNDIOS SEM INCENDIÁRIOS

O interior do país voltou a ser vítima de incêndios de grande extensão e gravidade. Houve vítimas mortais, habitações e viaturas destruídas e vastas áreas de terreno consumidas pelas chamas, comprometendo o modo de vida de muitas famílias. As populações viveram dias de verdadeiro terror, cercadas pelo fogo.

Em muitos casos, uma tragédia maior só pôde ser evitada graças ao esforço abnegado dos bombeiros e, sobretudo, à coragem das próprias populações locais, que, sozinhas e sem apoio, enfrentaram as chamas em momentos dramáticos.

Vergonhosamente, enquanto o interior ardia, o comando político permanecia de férias, em clima festivo no Algarve, onde havia calor, mas sem fogo — sempre acompanhado de uma cerveja fresca.

A Proteção Civil revelou descoordenação e uma gritante falta de meios. A versão oficial insiste em apontar como principais causas o aumento das temperaturas e a falta de limpeza dos terrenos. Como se não fosse necessário, antes de tudo, um ato de ignição — frequentemente deliberado.

Contra factos não há argumentos: vários incêndios deflagraram em plena madrugada, ao mesmo tempo e em sentidos opostos. Populares testemunharam a utilização de engenhos incendiários, e as autoridades chegaram a deter vários suspeitos, muitos reincidentes, que mais tarde foram libertados, tendo voltado a atuar.

E se a causa fosse apenas o calor e a ausência de limpeza de terrenos, como se explica que em zonas do país — igualmente sujeitas às mesmas circunstâncias— não tenham registado a mesma vaga de incêndios? Como se justifica que estes se tenham concentrado em alguns concelhos específicos, como Arganil, Sátão, Castro Marim, Sabugal, Seia, Castelo Branco ou Vila Real?

A verdade é que esta versão oficial responsabiliza sobretudo os proprietários, agrava a vida já difícil de muitos contribuintes e desresponsabiliza os sucessivos governos — PS, BE, PCP e agora a AD. E, mais grave ainda, absolve também os muitos parasitas sociais que vivem à custa do erário público, mas não contribuem para a limpeza dos terrenos nem para o combate a esta tragédia que ano após ano atinge o interior.

Podemos concluir, pois, que vivemos no absurdo de um país com incêndios, mas sem incendiários.

Editoriais do mesmo Autor

A vitória de Trump é, antes de mais, a vitória de um lutador, que mostrou ao mundo que a extrema-esquerda globalista não lhe mete medo, e que é possível vencê-los. É uma vitória dos valores conservadores, que vêm na Vida o principal direito humano e um valor absoluto, na família a célula base da sociedade […]

Os bombeiros têm nas suas funções apoiar os cidadãos em situações de grande melindre e aflição. Vemo-los nas situações de incêndios urbanos e rurais, inundações, desencarceramento, substâncias perigosas, transporte de doentes, etc, etc. Tudo situações em que muitos fogem a sete pés! Ora, os Soldados da Paz nunca fogem! Se necessário pagam com a sua vida […]

O PSD já não esconde que as “linhas vermelhas” e o “não é não” só funcionam em relação ao CHEGA, mas só com este, e não com o PS, responsável por três bancarrotas em democracia e episódios lamentáveis de gestão muito duvidosa dos dinheiros públicos. Com esta opção, nomeadamente ao oferecer aos portugueses como solução […]

Decorridos cerca de três meses da entrada em funções do “novo” governo da AD, depois das promessas eleitorais e de os portugueses já terem votado, eis que temos mais do mesmo. O apoio intenso e sem hesitações às pretensões de António Costa para realizar o seu sonho europeu, depois do pesadelo que causou aos portugueses […]

Depois de ter caído o governo socialista, por causas muito mal explicadas por António Costa, e de este ter assumido não ter condições para ser primeiro-ministro – já o sabíamos há muito tempo – agora, já se considera apto e o melhor dos melhores para ser Presidente do Conselho Europeu! E, pasme-se, com o apoio […]