O milagre económico de Javier Milei…

….que a comunicação social portuguesa continua a insistir em omitir.
Tive de copiar e colocar aqui na Folha Digital a rubrica do Gianluca Lubrano pois passou totalmente despercebido na nossa comunicação social, como era previsível. Aqui vai.

Quando Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023 herdou um país em colapso: inflação anual acima dos 211%, pobreza próxima dos 58%, indigência superior a 18% e um Estado pesado, deficitário e burocrático. Muitos críticos ridicularizaram Milei como “louco” ou “inexperiente”, mas menos de dois anos depois os resultados económicos da sua governação falam por si, mesmo que a comunicação social portuguesa insista em ignorá-los para dar destaque apenas a polémicas políticas.

O diagnóstico inicial era dramático: décadas de défices fiscais, moeda desvalorizada, salários reais em queda, crescimento da informalidade laboral e famílias a guardarem dólares escondidos em casa para fugir à inflação. Era urgente aplicar medidas estruturais de choque. Foi isso que Milei fez com o chamado “plano motosserra”: reduziu o Estado de 18 para 9 ministérios, eliminou 38 mil cargos públicos e cortou cerca de 5% do PIB em despesa; impôs disciplina fiscal e monetária ao acabar com o financiamento do défice pelo Banco Central; cortou subsídios e deixou os preços refletirem a realidade; liberalizou o câmbio e o acesso a divisas, reforçando as reservas internacionais; simplificou e reduziu impostos, eliminando tributações como o Impuesto PAIS; abriu a economia ao investimento privado, atraindo empresas como Decathlon, Stellantis, Shell e Ganfeng Lithium.

Estas reformas trouxeram rapidamente resultados concretos: em 14 meses, o governo registou 13 excedentes fiscais, algo inédito em décadas; o peso argentino valorizou 44% face ao dólar em 2024, tornando-se uma das moedas mais fortes do mundo; e o superavit comercial de 2024 ultrapassou os 19 mil milhões de dólares. No plano social e económico, a inflação caiu de 211% em 2023 para 117% em 2024, atingindo mínimos de 1,6% em junho de 2025, o nível mais baixo desde 2020. O PIB, que em 2024 contraiu 1,7% devido ao choque inicial, registou no último trimestre desse ano um crescimento de 5,5%, e em 2025 já aponta para uma expansão anual de 5,8%. A pobreza, que em 2023 estava perto de 58%, reduziu-se para 31,6% no início de 2025, incluindo uma queda expressiva da pobreza infantil.

No campo externo, Milei demonstrou pragmatismo diplomático: manteve a reivindicação argentina sobre as Malvinas, mas criou canais de cooperação, incluindo voos regulares e visitas humanitárias, ao mesmo tempo que reforçou laços com líderes internacionais como David Cameron em Davos. Também sinalizou apostas estratégicas na energia nuclear e na inteligência artificial, procurando diversificar a economia e posicionar a Argentina como polo de inovação.

A experiência argentina demonstra que mesmo em contextos de crise extrema é possível obter resultados rápidos através de disciplina fiscal, racionalização do Estado e abertura ao investimento. Portugal teria muito a aprender com este percurso, mas a comunicação social nacional prefere ignorar os factos económicos e centrar-se em escândalos políticos, transmitindo uma imagem distorcida da realidade. Organismos internacionais como o FMI já elogiaram Milei, e a Ordem dos Economistas do Brasil distinguiu-o como Economista do Ano.

Ignorar este milagre económico não é jornalismo, é militância ideológica. A verdadeira erosão democrática ocorre quando a informação é seletiva e manipulada. A lição que vem de Buenos Aires é clara: coragem reformista pode devolver esperança a países que pareciam condenados ao fracasso. Fim.
Vamos por os olhos nisto? Vamos ser mais liberais e menos conservadores? Só um bocadinho, ok?

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