Matosinhos distinguida pela UNESCO como Cidade Criativa da Gastronomia

Matosinhos passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na vertente Gastronomia, juntando-se a uma lista restrita de municípios portugueses distinguidos pela organização pelo seu contributo na promoção da cultura e das indústrias criativas, foi hoje revelado.

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O anúncio foi feito hoje pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) que este ano distinguiu mais 58 cidades em oito categorias.

Em 2016, aquele município do distrito do Porto tinha já apresentado oficialmente uma candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, mas na categoria do Design, mobilizando escolas, empresas, associações e instituições locais para enfatizar o seu ecossistema criativo, o património arquitetónico e a oferta formativa e empresarial ligada ao design.

Contudo, à data, Matosinhos não foi selecionada, vindo agora a conseguir o reconhecimento da UNESCO na área da Gastronomia.

De acordo com a página oficial desenvolvida pelo município para o efeito, a candidatura apresentada foi baseada num processo alargado de consulta e envolvimento dos principais atores da fileira gastronómica local, tendo sido recolhidos dados junto de mais de 400 restaurantes, realizados grupos de foco com entidades do setor, 14 entrevistas individuais e promovidas parcerias com cidades criativas internacionais.

O objetivo do município foi construir um Plano de Ação robusto, orientado para a sustentabilidade, valorização do património gastronómico e cooperação global, afirmando Matosinhos como destino gastronómico de excelência e reforçando a sua identidade cultural e económica.

Entre as 58 cidades que passam a integrar este ano a rede estão, além de Matosinhos, localidades de todos os continentes, entre elas Kisumu (Quénia) e Nova Orleães (Estados Unidos da América), ambas na área da música, Riade (Arábia Saudita) em design, Gizé (Egito) em cinema, Cuenca (Equador) em gastronomia, Rovaniemi (Finlândia) em arquitetura, Malang (Indonésia) nas artes digitais e Aberystwyth (Reino Unido) em literatura, entre outras.

A lista inclui ainda a cidade angolana do Lubango, na categoria de Artesanato e Artes Populares, e a brasileira São Paulo, no Cinema.

Este ano, a UNESCO integrou pela primeira vez o tema “Arquitetura” na Rede de Cidades Criativas, juntando-se aos sete domínios já existentes: Artesanato e Artes Populares, Artes Digitais, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura e Música.

Criada em 2004, a Rede de Cidades Criativas da UNESCO integra atualmente 408 cidades, em mais de 100 países, promovendo a cooperação internacional e reconhecendo o compromisso com setores como gastronomia, música, literatura, design, artes digitais, artesanato e cinema.

Além de Matosinhos, Portugal conta já com Idanha-a-Nova (Música), Óbidos (Literatura), Amarante (Música), Barcelos (Artesanato e Artes Populares), Braga (Artes Digitais), Caldas da Rainha (Artesanato e Artes Populares), Leiria (Música), Covilhã (Design), Santa Maria da Feira (Gastronomia) e Castelo Branco (Artesanato e Artes Populares) na Rede de Cidades Criativas da UNESCO.

A rede tem como objetivo favorecer a mútua cooperação internacional com e entre as cidades-membros comprometidas em investir na criatividade como motor de desenvolvimento urbano sustentável, inclusão social e cultural.

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