A extrema-esquerda nunca quis implantar um regime democrático – queria substituir o Estado Novo por uma ditadura ainda mais radical. Logo após a revolução, PCP e grupos revolucionários opuseram-se à realização de eleições livres, promoveram perseguições políticas, saneamentos e ocupações de empresas e propriedade privada. Como resultado, o país mergulhou no caos económico e social que levou à primeira intervenção do FMI.
A tragédia não se ficou por aí. Portugal abandonou as províncias ultramarinas à influência soviética, à guerra civil e à pilhagem. Centenas de milhares de portugueses foram expulsos das suas terras e privados dos seus bens. Hoje, os seus descendentes enfrentam dificuldades de habitação e emprego, enquanto o Estado discute indemnizações a quem promoveu esse descalabro e ainda nos insulta. E o Presidente da República, esse, permanece mudo perante ofensas à nossa memória e aos nossos emigrantes.
É neste contexto que o 25 de Novembro assume total relevância histórica. Travou o golpe militar da extrema-esquerda, restaurou alguma normalidade e impediu que o país seguisse o destino de outras ditaduras socialistas. Foi nesse dia – e não em Abril – que verdadeiramente se resgatou a liberdade e se preparou o regresso à democracia.
Não surpreende, por isso, que a extrema-esquerda evite falar do 25 de Novembro: esse momento recorda a pilhagem revolucionária e o fracasso do modelo socialista. O PS tenta igualmente ocultar o seu papel, não por convicção democrática, mas por cálculo político e conveniência com os seus parceiros. Durante décadas, o sistema foi mantido pela cumplicidade do PCP e por uma direita amestrada.
Felizmente, hoje existe uma verdadeira alternativa, que não nasceu da engenharia política do regime, não depende dele e não teme enfrentar a História. André Ventura e o CHEGA assumem com clareza o espírito de Novembro: defender a liberdade, a verdade histórica e a soberania nacional, sem cedências ao socialismo.