André Ventura classifica aumento intercalar das pensões como “ilusão”

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA  considerou que o aumento intercalar das pensões, cria a ilusão de mais ganho, mas é uma fraude, defendendo que o Governo devolveu o que devia ter atribuído no ano passado.

“Este aumento de pensões é uma fraude”, disse André Ventura, considerando que se trata da “devolução daquilo que devia ter sido dado quando o Governo alterou a fórmula de cálculo na última atualização que fez”.

O líder do CHEGA falava durante uma deslocação à Casa de Saúde São João de Deus, no Funchal, um estabelecimento de referência na área da psiquiatria, saúde mental e reabilitação psicossocial na Madeira, no âmbito de uma visita de dois dias à região autónoma, para apresentação do cabeça de lista do partido às eleições legislativas, que serão agendas para setembro ou outubro.

“Muita gente fica com a ilusão de que vai ganhar mais, não só porque tivemos novas tabelas de IRS, a retenção na fonte diminuiu, o que significa que as pessoas vão sentir-se com mais dinheiro no bolso, como porque tivemos a entrar em vigor hoje uma medida de suposto aumento de pensões”, disse.

André Ventura reiterou, no entanto, que o Governo socialista de António Costa está apenas a “devolver o que já devia ter atribuído no ano passado”, vincando que quando foi anunciada a nova fórmula de cálculo das pensões a oposição classificou-a de “burla”.

“Hoje é uma fraude”, disse, reforçando que “o Governo não deu ainda um cêntimo a mais aos pensionistas e àqueles que estão reformados por invalidez”.

O aumento intercalar de 3,57% nas pensões, anunciado pelo Governo em abril, entrou hoje em vigor.

A nova atualização, que se segue ao aumento aplicado em janeiro, abrange as pensões de invalidez e de velhice do regime geral de Segurança Social e do regime de proteção social convergente, atribuídas antes de 01 de janeiro de 2023, sendo o aumento de 3,57% calculado tendo por base o valor da pensão em dezembro de 2022.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.