Identificados compostos que potenciam novas soluções no tratamento oncológico

© D.R.

Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), no Porto, identificaram novos compostos capazes de inibir os mecanismos de controlo da resposta imunitária e que potenciam o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento oncológico.

Num artigo publicado na revista científica Internacional Journal of Molecular Sciences, os investigadores explicam ter identificado, através de técnicas computacionais, novos compostos capazes de inibir os ‘checkpoints’ imunitários, “espécie de travão da resposta imunológica”, revela hoje, em comunicado, o centro da Universidade do Porto.

Segundo o CINTESIS, a descoberta é essencial para produzir “mais e melhores” células dendríticas (células responsáveis pela identificação da infeção e desenvolvimento da resposta imune) para a terapia imunológica antitumoral.

O artigo foi publicado no âmbito do projeto DCMatters, que tem como principal objetivo a produção de vacinas baseadas em células dendríticas de “nova geração” que combinam inibidores de ‘checkpoint’ imunitário com a capacidade de ajudar o sistema imunitário a reconhecer e “atacar” as células cancerígenas.

Citada no comunicado, a investigadora Paula Videira destaca o papel “muito importante” das células dendríticas a nível imunológico.

“Elas orquestram a resposta imune, tanto ao ativar o sistema imunitário contra as células tumorais, mas também ao criar uma tolerância imunológica, o que já não é benéfico em terapia antitumoral”, refere, observando que este balanço tem de ser “gerido muito finamente” em laboratório.

De acordo com a especialista, estes inibidores de ‘checkpoint’ imunitário são “muito promissores no tratamento de vários tipos de cancro, incluindo o cancro da pele, do pulmão e da bexiga”.

Financiado em 2,1 milhões de euros pelo programa Portugal 2020, o projeto junta especialistas do Instituto Português de Oncologia do Porto, da NOVA School of Science and Technology da Universidade NOVA de Lisboa e da empresa portuguesa Stemmatters.

O projeto vai explorar um “novo paradigma de combate ao cancro”, bem como potenciar o desenvolvimento de “uma terceira geração de células dendríticas com maior capacidade de indução de resposta antitumoral”.

Últimas do País

O Tribunal Arbitral decidiu definir serviços mínimos para a greve da CP a partir de domingo e até quarta-feira, abrangendo a paralisação marcada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ou seja, dos revisores e bilheteiras.
O número de inscritos para votar antecipadamente é o maior de sempre, com 333.347 eleitores a aderirem à modalidade, avançou hoje ministério da Administração Interna (MAI).
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou hoje uma greve às novas provas de monitorização das aprendizagens (ModA) do 4.º e do 6.º anos de escolaridade, que substituem as anteriores provas de aferição.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai acionar, na segunda-feira, uma operação de dois dias para garantir a segurança dos peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima.
Cerca de cinco meses após a entrada em vigor da comparticipação de medicamentos para antigos combatentes, ainda há quem não consiga ter este benefício quando vai à farmácia, uma situação que o ministério diz ser residual.
O Infarmed mandou recolher os lotes de soro fisiológico fabricados pela GSL – Produtos Químicos e Farmacêuticos e suspendeu o fabrico nas instalações desta empresa, em São Domingos de Rana (Cascais), onde foram detetadas irregularidades.
A circulação de comboios está hoje parada devido à greve dos maquinistas da CP – Comboios de Portugal, disse à Lusa uma fonte sindical, apontando uma adesão de 100% dos trabalhadores à paralisação.
O Tribunal Judicial de Leiria condenou hoje um homem a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado da mulher, em maio de 2024, no concelho de Porto de Mós.
Cerca de 1.700 quilogramas de haxixe, lançados ao mar por tripulantes de uma embarcação de alta velocidade, que fugiram, foram hoje apreendidos no Rio Guadiana, numa operação das polícias portuguesas e espanholas, informou a GNR.
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) rejeitou hoje que a greve na CP tenha motivações políticas e responsabilizou o Governo pelo transtorno causado às populações, por não cumprir um acordo negociado.