Mais de 12% dos portugueses em insegurança alimentar moderada ou severa

© D.R.

Mais de 12% da população portuguesa sofria de insegurança alimentar moderada ou severa em 2020 e 2022, uma prevalência que coloca Portugal acima da média de 8,5% registada na Europa do Sul, indica um relatório internacional hoje divulgado.
Segundo o documento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a prevalência de insegurança alimentar moderada e severa baixou em Portugal de 14,7% para 12,4% da população entre os períodos de 2014-2016 e 2020-2022.

Apesar da redução, Portugal é o sexto país entre os 13 da Europa do Sul com a percentagem mais elevada neste indicador, atrás da Albânia (30,2%), Macedónia do Norte (24%), Sérvia (14,8%), Bósnia Herzegovina (13,4%) e Montenegro (12,9%).

O relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutricional no mundo indica ainda que a insegurança alimentar severa atingia 3,9% da população portuguesa no período 2020-2022, menos do que os 4,1% registados em 2014-2016.

De acordo com o documento, a prevalência do excesso de peso nas crianças com menos de cinco anos aumentou de 8,2% para 8,9% entre 2012 e 2022, subindo também dos 19% para os 20,8% na população com mais de 18 anos.

A FAO avança ainda que 1,2% da população portuguesa era incapaz de custear uma dieta saudável em 2021, percentagem que é menos de metade da média da Europa do Sul (2,6%).

A nível global, o relatório alerta que a “fome no mundo ainda está muito acima dos níveis pré-pandemia”, estimando que entre 690 e 783 milhões de pessoas “enfrentaram a fome em 2022”, mais 122 milhões do que antes da covid-19.

Segundo o documento, o aumento da fome global estagnou, porém, no último ano devido à recuperação económica após a pandemia, mas “não há dúvida de que esse progresso modesto foi prejudicado pelo aumento dos preços dos alimentos e da energia, ampliado pela guerra na Ucrânia”.

A FAO estima que quase 600 milhões de pessoas ainda enfrentarão fome em 2030, mais 119 milhões do que num cenário em que nem a pandemia de covid-19 nem a guerra na Ucrânia tivessem ocorrido.

Além da FAO, o relatório foi elaborado com os contributos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Programa Alimentar Mundial (WFP) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Últimas do País

O Tribunal de Almodôvar decretou hoje a prisão preventiva do homem suspeito de ter ateado cinco focos de incêndio junto à Estrada Nacional 2 (EN2), entre Castro Verde e Aljustrel, distrito de Beja, revelou fonte policial.
O Ministério Público (MP) acusou 15 arguidos de tráfico de estupefacientes no Bairro do Lagarteiro, no Porto, e em Espinho, foi hoje divulgado.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates considerou hoje que um “lapso de escrita” que em 2024 reavivou o processo Operação Marquês, que “estava morto”, foi a “gota de água” que levou à apresentação de uma queixa contra o Estado português.
A Unicef Portugal e outras quatro instituições, unidas numa "Aliança pela Prevenção", apelam hoje ao Governo para que crie um "novo paradigma de tolerância zero para com a violência na infância" e tome medidas para combater o problema.
Quase 80% dos utentes inquiridos num estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) revelaram um conhecimento inadequado ou problemático dos seus direitos no acesso aos cuidados de saúde.
Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA.
O IRN e o Ministério da Justiça acrescentam que para "tornar mais eficiente a tramitação dos processos, o balcão do Arquivo Central do Porto encerrará, temporariamente, o atendimento presencial, para poder dedicar os seus recursos aos pedidos recebidos por correio e canal 'online'".
As matrículas dos alunos que em setembro vão para o 5.º ano de escolaridade começam hoje e os encarregados de educação devem fazê-lo até ao dia 11 de julho.
O envolvimento da Força Aérea no transporte de emergência médica mantém-se a partir de terça-feira, apesar de já ter sido concedido o visto ao contrato entre o INEM e a empresa Gulf Med, a quem foi adjudicado o serviço.
O fenómeno é particularmente visível no Algarve e na Grande Lisboa, onde há concelhos em que os partos de mães estrangeiras já ultrapassam, e de forma clara, os de mães portuguesas.