CHEGA aceita formar Governo com PSD mas rejeita acordo parlamentar

O presidente do CHEGA afirmou hoje que o seu partido está disponível para formar Governo com o PSD na sequência de eventuais eleições legislativas antecipadas, mas rejeita um acordo de incidência parlamentar sem integrar o executivo.

© Folha Nacional

“Não teremos nenhuma solução em Portugal que passe com um acordo de incidência parlamentar. Ou haverá uma maioria de Governo ou não haverá uma maioria de Governo. E agora os portugueses, com esses dados em cima da mesa, têm a escolha sobre a formação do próximo executivo”, declarou André Ventura aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

“Os dados estão em cima da mesa, agora os portugueses têm de escolher se querem o PSD, se querem o CHEGA”, considerou.

O presidente do CHEGA falava no fim de uma reunião com o Presidente da República, que está hoje a ouvir os partidos com assento parlamentar e na quinta-feira ouvirá o Conselho de Estado para uma eventual dissolução do parlamento, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira.

André Ventura disse ter deixado “a garantia” a Marcelo Rebelo de Sousa de que, “em qualquer circunstância, independentemente das exigências que o senhor Presidente da República venha a fazer à direita em matéria de Governo”, o CHEGA terá “uma atitude proativa e positiva na construção dessa alternativa”.

“Não respondemos pelos outros, respondemos apenas por nós, independentemente das exigências que o senhor Presidente da República venha a colocar à formação de um eventual Governo alternativo à direita do PS”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.