Xi Jinping recebe Lukashenko pela segunda vez este ano em Pequim

Os líderes da China e Bielorrússia, Xi Jinping e Alexander Lukashenko, reuniram-se hoje, em Pequim, para discutir “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”, o segundo encontro este ano, informou a imprensa estatal.

©Facebook/XiJinping

Vídeos publicados pela agência noticiosa oficial bielorrussa mostram a chegada de Lukashenko à capital chinesa num avião oficial bielorrusso.

De acordo com a agência, a visita de Lukashenko à China inclui “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”.

Lukashenko foi recebido pelo vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Chaoxu.

Isolado na Europa e no resto do Ocidente devido à sua governação autoritária, o governo de Lukashenko voltou-se para parceiros como Pequim e Moscovo.

Em março, o líder bielorrusso visitou Pequim. Na altura, Xi declarou que a amizade entre Pequim e Minsk é “forte e inquebrável”.

Há um ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, anunciou que a Bielorrússia iria reduzir significativamente a presença diplomática nos países ocidentais e aumentá-la na Comunidade de Estados Independentes (CEI), na China e noutras nações.

Durante uma visita a Minsk do então ministro da Defesa chinês, Li Shanfu, o líder bielorrusso disse que China e Bielorrússia “partilham a mesma visão da ordem mundial”.

“Defendemos absolutamente um mundo multipolar, a integridade territorial e a unidade das fronteiras e territórios formados após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o líder bielorrusso.

“Em suma, toda a base na qual a política externa da China está assente é idêntica à nossa. Há mais de 30 anos que apoiamos a China em todas as suas aspirações, porque consideramos a política interna e externa da República Popular da China absolutamente justa e voltada para a resolução pacífica de quaisquer disputas e conflitos”, acrescentou.

A invasão da Ucrânia pela Rússia coincidiu com o rápido deteriorar da relação entre China e Estados Unidos, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do Mar do Sul da China.

Pequim reforçou os laços diplomáticos e económicos com Moscovo e outros países antagónicos à ordem liberal democrática, incluindo Bielorrússia e Irão.

Em Minsk, Li Shanfu prometeu que Pequim vai aumentar a cooperação militar com a Bielorrússia, país aliado da Rússia onde Moscovo está a implantar armas nucleares tácticas.

Últimas de Política Internacional

Trump disse que vários países europeus já mostraram disponibilidade para enviar militares para a Ucrânia, como tal "não será um problema" responder às garantias de segurança exigidas pelo homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje uma frente unida entre europeus e ucranianos em defesa de uma paz que não represente a capitulação da Ucrânia, na véspera da reunião com Donald Trump, na Casa Branca.
O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse hoje que Putin concordou, na cimeira com Donald Trump, que sejam dadas à Ucrânia garantias de segurança semelhantes ao mandato de defesa coletiva da NATO.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que discutiu formas de terminar a guerra na Ucrânia "de forma justa", na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira, defendendo a “eliminação das causas iniciais”.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que “todos” preferem ir “diretamente para um acordo de paz” e não “um mero acordo de cessar-fogo” para acabar com a “terrível guerra” na Ucrânia.
O futuro da Ucrânia passa hoje pelo Alasca, uma antiga colónia russa onde os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia se vão reunir sem a participação do país invadido por Moscovo.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que qualquer acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia terá de passar por uma cimeira com os homólogos russo e ucraniano, após a cimeira bilateral na sexta-feira.
A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje 84 prisioneiros de guerra, anunciou o Ministério da Defesa russo, na véspera de uma cimeira muito aguardada entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo norte-americano, Donald Trump.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que a reunião virtual que líderes europeus e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, hoje mantiveram com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a guerra na Ucrânia foi “construtiva”.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai deslocar-se hoje a Berlim para participar numa videoconferência com o Presidente norte-americano antes do encontro deste com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia.