“Estou já em condições de confirmar que o antigo deputado do PSD Eduardo Teixeira, e vereador da Câmara Municipal pelo PSD, vai ser o cabeça de lista do Chega pelo distrito de Viana do Castelo”, afirmou André Ventura, indicando ter havido “alguns meses de conversações de aproximação”.
André Ventura falava aos jornalistas na Assembleia da República, tendo indicado também que Rita Matias, deputada eleita pelo círculo de Lisboa em 2022, vai encabeçar a lista do CHEGA por Setúbal às eleições legislativas de 10 de março.
Bruno Nunes, que foi o cabeça de lista por Setúbal nas últimas eleições, vai integrar a lista por Lisboa, indicou Ventura, referindo que “é vereador em Loures”.
“O deputado Pedro Frazão será o cabeça de lista do CHEGA por Santarém, repetindo a candidatura que já ocorreu em 2022”, adiantou ainda o líder do partido.
Hoje, a concelhia do PSD de Viana do Castelo anunciou que retirou, com efeitos imediatos, a confiança política ao vereador e militante Eduardo Teixeira, por desrespeitar aquela estrutura política e manchar o nome do partido.
Mais tarde, em declarações à Lusa, Eduardo Teixeira acusou a concelhia do partido de coartar a liberdade dos cidadãos, garantindo que aquele órgão não pode retirar a confiança política aos militantes.
Na ocasião, André Ventura voltou também a abordar a situação na Madeira, insistido que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, bem como o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, devem renunciar, ou pelo menos suspender, os mandatos.
O líder do CHEGA defendeu igualmente que o presidente do PSD deve “retirar imediatamente a confiança política” a estes dois dirigentes.
Ventura criticou também a reação de Luís Montenegro, que rejeitou na quarta-feira comparar as investigações que atingem o presidente do Governo da Madeira e o primeiro-ministro, António Costa, defendendo que “as diferenças são mais do que muitas”.
“Não compreendo como podemos ter uma palavra para um caso e outra palavra para outro”, afirmou, acusando Montenegro de tentar “branquear a situação”.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi na quarta-feira constituído arguido num processo que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal e de dois gestores do grupo de construção AFA.
A Polícia Judiciária realizou na Madeira (incluindo na residência de Miguel Albuquerque) e em vários locais do continente cerca de 100 buscas numa investigação por suspeitas de investigações dos crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.