Ventura acusa Pedro Nuno de “atacar ainda mais” forças de segurança

O presidente do CHEGA acusou hoje o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de "atacar ainda mais" as forças de segurança, e considerou que "em nenhum momento" a ordem pública foi posta em causa pelos protestos.

© Folha Nacional

“Pedro Nuno Santos não está a zelar pela ordem do Estado, Pedro Nuno Santos está a atacar ainda mais os polícias. Ele sabe que traiu os polícias e está a atacá-los ainda mais em período pré-eleitoral”, criticou André Ventura.

Falando aos jornalistas antes de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, em Lisboa, o líder do CHEGA considerou que “zelar pela ordem pública tem que ser uma primazia”.

“Até ao dia de hoje, nós não tivemos em nenhum momento a ordem pública posta em causa”, mesmo no momento em que as “forças de segurança fizeram, digamos assim, ausência a algumas diligências, a polícia continuou a fazer diligências”, sustentou.

O presidente do CHEGA acusou o PS de ter passado “anos a espezinhar as forças da autoridade” e de ter permitido “que se chegasse a esta situação” ao “atribuir um suplemento que era justo à Polícia Judiciária, mas propositada e deliberadamente, ao não os atribuir a GNR, PSP, guardas prisionais e outros”.

André Ventura considerou também que o inquérito determinado pelo diretor nacional da PSP sobre as circunstâncias do protesto de agentes daquela polícia junto ao cineteatro Capitólio, onde decorreu o debate televisivo entre os lideres do PS e do PSD, “é apenas uma ação no sentido de investigar se foi ou não tudo dentro da legalidade”.

“Parece-me perfeitamente legítimo que os polícias se manifestem, seja num debate, seja numa ação do Governo, seja num Conselho de Ministros. O que espero é que tenha tudo sido feito dentro da legalidade, vamos aguardar pelas conclusões desse inquérito”, disse.

O líder do CHEGA recusou também que se trate de um clima de intimidação: “Acho que estamos a falar de um protesto que é legítimo de forças que se sentem espezinhadas e que estão a tentar, pela via democrática, dizer aos maiores partidos e a todos – também já o disseram ao CHEGA e a outros – que é preciso assumir um compromisso com eles na próxima legislatura”.

“Isto não é nenhuma ameaça, é o ato legítimo de protesto em democracia. Se alguém se pode queixar disto é o Partido Socialista, porque o Partido Socialista é o grande responsável desta insatisfação das forças de segurança”, criticou.

Ventura mostrou-se também convicto de que as forças de segurança “vão manter a ordem pública 100% intacta e vão cumprir tudo o que democraticamente têm de cumprir”.

“Vamos ver o que é que o inquérito dirá sobre esse aspeto, sobre a sua organização e a sua convocação, nós não sabemos ainda, vamos aguardar. Quando chegar ao fim esse inquérito, nós certamente faremos essa análise”, disse, considerando que, “quando há setores que são tão espezinhados, fica difícil controlar a sua frustração”.

Ventura afirmou que “havia uma forma muito simples não permitir que isso acontecesse, era ter sido justo na atribuição de um suplemento que foi atribuído a outras forças”.

“O que nós temos assistido é a uma incapacidade brutal de compromisso, quer de PS, quer de PSD”, criticou, afirmando que o PS “parece que negoceia com alguns, mas não negoceia com outros” e o “PSD não negoceia com ninguém, compromete-se em analisar tudo e a estudar tudo”.

Ventura respondeu também ao líder socialista, que disse na terça-feira que a direita é uma “bagunça”.

“Se há alguém que é responsável pela bagunça em que o país está é o Dr. Pedro Nuno Santos, se há alguém responsável pela bagunça na saúde, pela bagunça na justiça, pela bagunça na economia, é o Dr. Pedro Nuno Santos. Não é nem o CHEGA nem o PSD, nem a Iniciativa Liberal”, salientou.

O presidente do CHEGA acusou também Pedro Nuno Santos de ter “problemas de amnésia” porque “diz que vai renegociar a carreira dos enfermeiros quando votou contra isso sistematicamente no parlamento”.

Últimas de Política Nacional

O político angolano Lindo Bernardo Tito ameaçou André Ventura, Presidente do partido CHEGA, durante a sua participação no programa Revista Zimbo, transmitido pela TV ZIMBO, afirmando: “Ele que não sonhe passar por cá”, em referência ao líder do CHEGA.
Paulo Lopes (PS), ainda presidente da Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, em Vila Nova de Gaia, está a ser alvo de uma denúncia apresentada ao Ministério Público, à Inspeção-Geral de Finanças e ao Tribunal de Contas. Em causa está a utilização indevida de 112 mil euros provenientes de protocolos celebrados com a Câmara Municipal de Gaia.
André Ventura, Presidente do CHEGA e atual líder da oposição, voltou a defender que os crimes de fogo posto devem ser equiparados a atos de terrorismo, afirmando que os incendiários representam “uma ameaça à segurança nacional” e que as penas atualmente previstas são “manifestamente insuficientes face ao impacto devastador destes crimes”.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o seu partido vai candidatar-se a todos os 308 municípios portugueses nas eleições autárquicas de 12 de outubro e afirmou que concorre com o objetivo de ganhar, inclusive em Lisboa.
Portugal lidera a União Europeia em área florestal ardida, com cerca de 85 % dos incêndios de origem criminosa. Ainda assim, a maioria dos incendiários julgados nunca cumpre pena de prisão efetiva.
O Presidente do CHEGA considerou hoje que a escolha do ex-ministro Álvaro Santos Pereira para governador do Banco de Portugal "é um mal menor" em relação à possibilidade de reconduzir Mário Centeno no cargo.
O CHEGA pediu hoje ao Governo a adoção de medidas urgente contra um "crescente número de furtos" em explorações agrícolas, apontando que entre 2020 e o ano passado se verificaram mais de oito mil crimes.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje ter “99,9% de certeza” que o Presidente da República vai enviar a lei que altera o regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros para fiscalização preventiva pelo Tribunal Constitucional.
O partido liderado por André Ventura apresentou 32 projetos de lei em apenas 48 dias de trabalho parlamentar, mais do que qualquer outro partido político.
O Presidente da República vai receber esta terça-feira delegações dos partidos CHEGA, Livre e PCP, com o regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros na agenda, e também a recém-eleita presidente da IL, para apresentação de cumprimentos.