Senadores e deputados franceses votam hoje inédita inclusão do aborto na Constituição

O parlamento francês reúne-se hoje em Versalhes para votar o projeto de lei que prevê a inclusão do aborto na Constituição, algo inédito no mundo e já aprovado pelo Senado e Assembleia Nacional.

© D.R.

 

O texto só se tornará definitivo após ter sido aprovado por uma maioria de três quintos dos votos expressos por senadores e deputados.

O projeto de lei constitucional, relativo à liberdade de recurso ao aborto, irá alterar o artigo 34.º, que passará a incluir “a garantia da liberdade das mulheres de recorrer à interrupção voluntária da gravidez”.

“Depois da Assembleia Nacional, o Senado dá um passo decisivo que saúdo. Para a votação final, convocarei o parlamento no Congresso [senadores e deputados] no dia 04 de março”, escreveu na rede X o Presidente francês, Emmanuel Macron.

A iniciativa foi aprovada no final de janeiro por uma maioria esmagadora na Assembleia e, na semana passada, apesar da relutância de alguns senadores de direita e do centro, que têm a maioria na câmara alta, 267 membros votaram a favor e 50 contra.

Com a consagração do direito será mais difícil modificá-lo, sendo exigida uma maioria de três quintos para alterar novamente a Constituição.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.
A Comissão Europeia exigiu hoje a Portugal e a outros quatro países a concluírem a transposição da diretiva da União Europeia (UE) sobre a água potável, em incumprimento desde 12 janeiro de 2023.
A Comissão Europeia propôs hoje a redução do prazo de licenciamento em projetos de defesa de anos para 60 dias, a redução da carga administrativa e melhor acesso ao financiamento para assim estimular investimentos na União Europeia (UE).
Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.
O Partido Popular de Espanha (direita), que lidera a oposição, voltou hoje a pedir a demissão do primeiro-ministro, devido às suspeitas de corrupção na cúpula socialista, mas rejeitou uma moção de censura ao Governo.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende um orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo mais simples e flexível para se poder adaptar às “circunstâncias em mudança”, pedindo que, perante nova dívida comum, sejam mitigados os riscos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmaram no domingo que "este não é o momento para criar incerteza económica" e que devem ser evitadas "medidas protecionistas".
A chefe da diplomacia europeia sublinhou hoje, junto do Governo iraniano, que a UE "sempre foi clara" na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.
O enviado especial francês para a terceira Conferência do Oceano da ONU (UNOC3) anunciou hoje, último dia dos trabalhos, que o Tratado do Alto Mar, de proteção das águas internacionais, será implementado em 23 de setembro, em Nova Iorque.