Pedro Nuno Santos vê ‘cartão vermelho’ das forças de segurança em Coimbra

Agentes da PSP, GNR e da guarda prisional mostraram hoje um cartão vermelho ao secretário-geral do PS em Coimbra, com Pedro Nuno Santos a prometer negociar com eles para que "se sintam bem a trabalhar em Portugal".

© Facebook\ aspppsp

No final de uma arruada do no centro de Coimbra, cerca de cinquenta agentes da PSP, GNR e guarda prisional esperavam por Pedro Nuno Santos à frente da Câmara Municipal para lhe mostrar um cartão vermelho, numa altura em que defendem a equiparação do subsídio de missão ao da PJ (Polícia Judiciária).

Pedro Nuno Santos acenou-lhes e, em declarações aos jornalistas, disse que o PS terá a “oportunidade de com eles trabalhar para encontrar uma boa solução para quem se dedica à segurança do povo português”, salientando que uma das preocupações do PS é “respeitá-los”.

“Nós teremos a oportunidade de, a partir de dia 10 de março, comigo encontrarmos uma boa solução para que as forças de segurança se sintam bem a trabalhar em Portugal”, declarou.

Questionado se não pretendia falar com os agentes em protesto, Pedro Nuno Santos considerou não haver “as melhores condições para isso”, uma vez que estava numa arruada.

Antes, Pedro Nuno Santos percorreu a Rua Ferreira de Borges e a Visconde da Luz, a partir do Largo da Portagem, tendo tirado várias ‘selfies’, entrado estabelecimentos comerciais e distribuído cumprimentos e garantido a uma sindicalista que o PS “nunca se esquecerá das mulheres trabalhadoras”.

Acompanhado pela cabeça de lista do PS por Coimbra, a governante Ana Abrunhosa, pelo líder do PS Coimbra, João Portugal, pelo mandatário nacional das listas de deputados, Álvaro Beleza, e pela presidente da associação portuguesa de reformados, Maria do Rosário Gama, Pedro Nuno Santos falou aos jornalistas para salientar que o PS conta com o voto dos pensionistas.

“O que está em causa nestas eleições é decisivo para reformados e pensionistas. Eles sabem com o que podem contar do PS, e sabem com quem contam do outro lado”, afirmou, rejeitando que a vontade de reconciliação de Luís Montenegro possa ter impacto no voto dos pensionistas.

“Não colhe, não colhe. Ele era um dos responsáveis pelos cortes que fizeram e tentaram fazer e só não fizeram mais, e não foram permanentes, porque o Tribunal Constitucional não permitiu, senão eram permanentes até ao dia de hoje”, afirmou.

A meio da arruada, Pedro Nuno Santos entrou no café Santa Cruz, onde assistiu durante breves minutos a um fado de Coimbra, e escreveu no livro honra deste estabelecimento histórico da cidade dos estudantes.

“Um grande abraço e com os desejos das maiores felicidades a todos que aqui trabalham e aos que aqui vêm confraternizar e aproveitar o bom serviço deste histórico café”, lia-se na mensagem.

No final do desfile, após ter visto o cartão vermelho dos agentes de segurança, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas se vai sobretudo apelar ao voto dos pensionistas e mulheres, mas respondeu que o PS vai apelar ao voto de todos: “jovens, mais velhos, trabalhadores, reformados, homens e mulheres”.

O líder socialista descartou que os jovens tenham mais tendência para votar à direita, considerando que “é na esquerda, no PS, que eles encontram soluções para os seus problemas”.

“Não é na direita, antes pelo contrário. É isso que nós vamos querer demonstrar”, afirmou.

Em 28 de fevereiro, já em plena campanha eleitoral, elementos da PSP, GNR e guarda prisional tinham igualmente feito uma vigília silenciosa num comício do PS em Santarém, mas, nessa ocasião, Pedro Nuno Santos não se cruzou com eles.

Nas últimas eleições legislativas, em 2022, o PS obteve 45,23% dos votos em Coimbra, conquistando seis dos nove mandatos em disputa – os restantes três foram para o PSD.

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