Governo com urgência em diplomas para “resgatar” 783 milhões do PRR e isenção de IMT

O Governo agendou para terça-feira, com caráter de urgência, o debate de propostas sobre isenção do IMT para jovens e para “resgatar” 783 milhões de euros retidos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

© D.R.

Segundo o porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, foi possível estes dois diplomas do executivo subirem já a plenário na terça-feira na sequência de uma autorização dada pelo CDS-PP, que tinha para esse dia reservado de forma potestativa um debate sobre o 25 de Novembro de 1975.

A primeira das duas propostas de lei do Governo agendadas com urgência na reunião da conferência de líderes de hoje incide sobre o mercado de capitais, “condição essencial para Portugal ter acesso aos 783 milhões de euros retidos” em Bruxelas.

De acordo com o executivo, só quando for desbloqueada essa verba das terceira e quarta tranches do PRR, o Estado Português poderá avançar para requerer o quinto pagamento, este estimado em cerca de 1,8 mil milhões de euros.

Já o segundo diploma agendado com urgência pelo executivo PSD/CDS-PP, resulta das medidas tomadas pelo Governo para responder à crise na habitação e visa a concessão aos jovens até aos 35 anos de isenção de Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) na compra de uma primeira casa.

A isenção aplica-se à compra da primeira habitação até 316.772 euros – independentemente do seu rendimento de cada um dos jovens –, havendo uma garantia pública de até 15% do valor de aquisição, com o limite de 450.000 euros.

Últimas de Política Nacional

A manifestação do CHEGA contra o que qualificam de imigração descontrolada e insegurança nas ruas, que juntou hoje centenas de pessoas no Porto, contou com André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".
Bárbara Fernandes exigiu também a “suspensão imediata do responsável máximo do Departamento de Urbanismo.”
O CHEGA vai abster-se na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, permitindo a sua aprovação se os partidos da esquerda votarem a favor.
O Governo anunciou que o saldo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para 2025 ia ser positivo, mas fez mal as contas. Após uma revisão das projeções, o executivo admitiu que o SNS vai, afinal, apresentar um défice no próximo ano, num valor que ultrapassa os 217 milhões de euro
O presidente do CHEGA, André Ventura, desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a apresentar na Assembleia da República uma moção de confiança ao seu Governo, mas afastou a possibilidade de apresentar uma moção de censura.