CHEGA/Açores admite chumbar orçamento de 2025 se prioridade às creches não avançar

O líder do CHEGA/Açores admitiu hoje que, caso o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) recue na prioridade no acesso às creches para filhos de pais que trabalham, votará contra o orçamento da região para 2025.

© Folha Nacional

“[Se a medida não for aplicada] o próximo orçamento cai e temos eleições novamente. Eu peço desculpa aos açorianos. [Mas] ou as coisas se fazem a favor das pessoas ou não vale a pena termos governo. O governo cai todo”, disse José Pacheco aos jornalistas.

O deputado e líder do CHEGA açoriano falava hoje em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no final de uma reunião com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários.

Na segunda-feira, o presidente do executivo açoriano, o social-democrata José Manuel Bolieiro, afirmou que a intenção do Governo Regional, em matéria de creches, é adequar a oferta de vagas à procura existente, para que todos os pais e encarregados de educação possam ter uma “resposta adequada” às suas necessidades.

No dia seguinte, José Pacheco reagiu em comunicado, dizendo que ficou “surpreendido com a intenção” do executivo de coligação de recuar na prioridade no acesso às creches para filhos de pais que trabalham, considerando que se “ajoelha ao discurso deturpado da esquerda”.

Em 12 de julho, o parlamento açoriano aprovou uma resolução do CHEGA (sem força de lei) que recomenda ao Governo Regional que altere as regras no acesso às creches gratuitas nos Açores, para dar prioridades às crianças com pais trabalhadores, justificando a mudança com a falta de vagas para a crescente procura no arquipélago.

A medida foi contestada por alguns partidos políticos, que consideram a resolução “discriminatória” e “penalizadora” para as crianças provenientes de famílias com menores recursos financeiros e com desemprego.

Últimas de Política Nacional

O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou esta sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
A proposta do partido, destinada a provocar “uma poupança de milhões”, deverá implicar que haja menos vereadores e deputados municipais, mas também uma redução do número de freguesias.
O líder do CHEGA, André Ventura, admitiu hoje viabilizar outras propostas para a redução do IRC, "mesmo que não sejam tão ambiciosas" como a do seu partido, mas indicou que ainda vai analisar.
O número de mortes associadas a atrasos no atendimento pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), subiu para 11, até terça-feira, uma situação que tem vindo a agravar-se desde que os técnicos de emergência pré-hospitalar suspenderam as horas extraordinárias.
Desencadear um novo processo de revisão constitucional para reduzir de 230 para 150 o número de deputados na Assembleia da República é um “objetivo fundamental” do grupo parlamentar do CHEGA.
O líder do CHEGA saudou hoje o Presidente da República por se ter pronunciado sobre a situação em torno do INEM, mas disse esperar ainda que responsabilize a ministra da Saúde.
O líder do CHEGA considerou hoje que o adiamento da discussão da moção de censura na Madeira é ilegal e anunciou que o partido vai pedir aos tribunais que o revertam e ao Presidente da República que se pronuncie.
O dirigente do Livre José Azevedo, membro do partido desde a sua fundação, demitiu-se da direção, após “divergências com as posições do partido”.
A discussão da moção de censura apresentada pelo partido CHEGA contra o Governo da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque, foi adiada para 17 de dezembro, contrariando o regimento.
O CHEGA vai apresentar no parlamento uma recomendação ao Governo que censura a ministra da Saúde e pede a sua substituição, na sequência das falhas de atendimento do INEM, anunciou hoje o presidente do partido.