Ventura diz que moção na Madeira será “prova dos 9” sobre corrupção

O presidente do CHEGA afirmou hoje que a moção de censura ao Governo Regional da Madeira será a "prova dos nove" para se saber quem está firme no combate à corrupção e quem pretende segurar o executivo de Miguel Albuquerque.

© Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Em Braga, durante a inauguração da sede local do CHEGA, André Ventura saudou o anúncio de que o PS vai votar favoravelmente a moção de censura.

“Agora é a prova dos nove, de quem é que na verdade está firme na luta contra a corrupção e de quem é que fala muito disso mas na verdade vai ficar a segurar o Governo”, referiu.

Na passada quarta-feira, o presidente e líder parlamentar do CHEGA/Madeira, Miguel Castro, anunciou que a estrutura entregou no parlamento madeirense uma moção de censura ao Governo Regional, do PSD.

Miguel Castro justificou a decisão com as investigações judiciais que envolvem o presidente do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos.

Para a moção ser aprovada, são precisos os votos favoráveis do CHEGA, do PS e do Juntos pelo Povo (JPP).

“Seria um pouco estranho que a JPP, que tanto lutou contra a corrupção na Região Autónoma da Madeira, contra o conluio, contra o compadrio, ficasse agora a assegurar o Governo de Miguel Albuquerque, mas em política tudo é possível”, referiu André Ventura.

O líder do CHEGA lembrou que são já cinco os membros do Governo envolvidos “não só agora em problemas de gestão pública do dinheiro, como financiamento ilegal do próprio partido que governa a Madeira”.

“Nós queremos que os elementos visados nestas investigações, que não deram nenhuma explicação, sejam afastados do Governo”, frisou.

Acusou Miguel Albuquerque de nunca ter tido a preocupação de “clarificar” as suspeitas que visam o seu Governo.

“Miguel Albuquerque acha que pode simplesmente manter-se, com a sustentabilidade do PSD regional, independentemente da corrupção, independentemente das suspeitas. Acha que não precisa de dar explicações nenhumas, acha que se segurará com o voto popular. À boa maneira, aliás, das linhas ditatoriais da América do Sul, que é sempre quando há um problema sério, avança-se para a frente e logo se vê como é que se resolve”, disse ainda André Ventura.

 

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.