“O país, para a dimensão que tem, não necessita de 230 deputados”, afirma o Presidente do CHEGA

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou que Portugal "não necessita" de 230 deputados e reafirmou que o partido vai propor a redução para 150 em sede de revisão constitucional.

© Parlamento

Em Braga, durante a inauguração da sede local do CHEGA, Ventura adiantou que o partido quer ainda rever as questões da imunidade parlamentar e das regras da transparência.

“O país, para a dimensão que tem, dos seus cerca de 11 milhões de habitantes, não necessita, na nossa perspetiva, de 230 deputados. Já o dissemos várias vezes e entendemos que 150 seria um número apropriado”, referiu.

No domingo, o grupo parlamentar do CHEGA anunciou que vai desencadear um novo processo de revisão constitucional com “o objetivo fundamental de reduzir para 150 o número de deputados” na Assembleia da República.

“Queremos tocar em questões importantes, como a redução do número de deputados, mas não só, a questão das imunidades dos titulares, que têm tantos problemas gerado, como agora se viu na Madeira”, disse hoje André Ventura.

Segundo adiantou, o CHEGA quer “trabalhar a questão das imunidades, ver o que faz sentido, ver o que não faz sentido, mas também as regras de transparência dos titulares”.

Disse ainda que outros temas poderão também entrar na agenda da revisão constitucional, como os ambientais e os relacionados com os direitos dos animais.

“O que nos parece mesmo decisivo é que o país faça uma reforma política como há muitos anos não tem condições de fazer e que passa não só pela redução do tamanho do Parlamento, mas também pela agilização do sistema político”, acrescentou.

Na última legislatura, iniciou-se um processo de revisão constitucional, interrompido em novembro de 2023 após o anúncio de dissolução do parlamento e eleições antecipadas.

Esse 12.º processo de revisão da Constituição da República Portuguesa (só sete foram concluídos com sucesso) tinha sido desencadeado também com a apresentação de um projeto do CHEGA, em outubro de 2022, seguido por todas as bancadas e deputados únicos, num total de oito projetos e 393 propostas de alteração, revogação e aditamento de artigos à lei fundamental.

De acordo com a Constituição, a Assembleia da República pode rever a Lei fundamental decorridos cinco anos sobre a data da publicação da última lei de revisão ordinária e a iniciativa pode partir de qualquer deputado.

“Apresentado um projeto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias”, diz ainda a Constituição, que determina que qualquer alteração tenha de ser aprovada por maioria de dois terços.

Na atual legislatura, tal como na anterior, apenas PSD e PS somados somam os dois terços dos deputados necessários para rever a Constituição, não sendo possível alterar qualquer artigo se pelo menos um dos dois maiores partidos for contra.

Últimas de Política Nacional

André Ventura defendeu que o CHEGA é destrutivo no combate à corrupção e nas críticas, por exemplo, às políticas do Governo para a saúde.
A CNE advertiu o Governo para se abster de atos que possam ser aproveitados para promoção eleitoral, na sequência de uma queixa do PS sobre a realização de um Conselho de Ministros no Mercado do Bolhão, no Porto.
Um jovem de 19 anos, numa simples saída à noite, perdeu a vida a impedir que bebidas de mulheres fossem adulteradas. O Governo não se pronunciou, ao contrário do que aconteceu aquando da morte de Odair.
Terror, pânico e dívidas. É este o cenário de impunidade que se vive em várias regiões do país. Um fenómeno silencioso, mas crescente, que está a gerar indignação e revolta entre milhares de portugueses.
O Presidente do CHEGA considerou hoje que PS e PSD fingem que estão “um contra o outro”, mas são “os melhores aliados”, depois de o secretário-geral socialista admitir deixar cair uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.
Uma ex-chefe da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara de Cinfães está a ser julgada por suspeitas de lesar o município em cerca de 100 mil euros.
O líder do CHEGA, André Ventura, lamentou hoje a morte do Papa Francisco e disse esperar que a Igreja Católica continue o legado de luta contra a pobreza, a discriminação e o novo-riquismo.
O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.