CHEGA PROMETE O MAIOR PACOTE ANTICORRUPÇÃO

O Presidente do CHEGA e candidato a primeiro-ministro deixa claro que o seu objetivo é “formar um governo de direita em Portugal e acabar com os vícios do socialismo no nosso país”.

© Folha Nacional

O CHEGA realizou, no domingo, em Beja, o seu 19.º Conselho Nacional, ocasião que o seu presidente, André Ventura, aproveitou para pedir “uma oportunidade” para governar Portugal. No discurso de abertura do evento, Ventura prometeu que, caso vença as próximas legislativas, apresentará, no primeiro dia de mandato, “o maior pacote anticorrupção da história” do país.

“Desconfiam do André Ventura, têm dúvidas… Será que vai ser exigente demais, autoritário, mexer demasiado nas fundações do país? O que têm a perder? Pedimos uma oportunidade e, depois, julgar-nos-ão como julgaram os outros durante 50 anos”, afirmou.

Ventura deixou claro que, para estas eleições, o CHEGA tem um “grande objetivo” que é o de formar um governo de direita em Portugal e acabar com os vícios do socialismo no nosso país”.

O presidente do CHEGA disse querer “uma oportunidade para fazer uma limpeza” no país, lamentando que ainda não a tenha tido e referindo que, em março do ano passado, o povo optou por “varrer com o Partido Socialista” e dar “uma maioria histórica ao PSD e ao CHEGA”. “O país perdeu uma oportunidade histórica de fazer mudança e de eliminar os vícios socialistas entranhados na sua pele”, afirmou Ventura, responsabilizando “aqueles que disseram que não é não”, numa referência ao PSD e a Luís Montenegro.

Embora o partido de André Ventura tenha crescido de forma exponencial nos últimos anos, o Presidente do CHEGA sublinhou que “ainda não nos deram a oportunidade de tomar decisões de transformação do país na Economia, na Saúde, no combate à corrupção e na justiça e de garantir que não continuamos a ter a bandalheira que temos tido no controlo da imigração”.

No mesmo evento, André Ventura aproveitou para fazer um apelo de mudança para o país, garantindo que não existem apenas dois partidos, concluindo que “só há uma outra alternativa com capacidade, com o número de deputados suficientes, uma alternativa com vontade de ser governo e essa alternativa somos nós”.

André Ventura evidenciou que, durante os últimos 50 anos de democracia, a alternância entre PS e PSD foi o motivo de Portugal estar no estado em que está hoje. “Substituíram-se os nomes, mudaram as perucas e rodaram as cadeiras, mas o circuito foi o mesmo” referindo-se ainda à cultura de troca de favores que existe entre os dois partidos.

Numa entrevista ao canal RTP, na terça-feira, o Presidente do CHEGA utilizou o que aconteceu com o relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas como um claro exemplo de troca de favores, como se pode ler na manchete deste jornal.

Últimas de Política Nacional

A campanha do CHEGA viveu hoje um novo momento de tensão entre a comitiva e elementos da comunidade cigana, em Viana do Castelo, pelo terceiro dia consecutivo, com troca de insultos de parte a parte.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do CHEGA em que o primeiro-ministro aparece ao lado do ex-chefe do Governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção.
O cabeça de lista do CHEGA pelo círculo de Braga, Filipe Melo, criticou hoje os "partidos híbridos, que ninguém percebe o que são", e disse querer "acabar com o socialismo" e eleger mais deputados pelo distrito.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o seu partido "nunca será muleta de ninguém" e acusou BE e IL de prometerem rejuvenescimento, mas terem ido buscar os seus candidatos "ao mesmo baú de sempre".
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje esperar que o novo Papa seja "um sinal de esperança" e de reforma e considerou que Leão XIV pode seguir os passos de Francisco numas causas, mas diferenciar-se noutras.
O líder do CHEGA foi recebido em Braga com um novo protesto de elementos da comunidade cigana, cerca de 20 pessoas que cuspiram e acusaram André Ventura e os elementos do partido de serem "fascistas e racistas".
O presidente do CHEGA fez hoje um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem “uma oportunidade histórica” de vencer as eleições legislativas.
Um grupo de pessoas de etnia cigana acusou hoje o líder do CHEGA de ser racista, com André Ventura a responder que "têm de trabalhar" e "cumprir regras".
André Ventura foi dos primeiros políticos a comentar nas redes sociais o "apagão" elétrico de 28 de abril e as suas publicações atingiram mais de 940 mil visualizações.
Investigadores do MediaLab do ISCTE consideram que a “ausência de comunicação institucional eficaz” por parte do Governo contribuiu para a especulação e para a difusão de desinformação relativamente às causas do apagão.