Presidente polaco promulga lei que restringe direito de pedir asilo

O Presidente polaco, Andrzej Duda, promulgou hoje a lei que limita o direito de requerer asilo na Polónia, após pressões do primeiro-ministro, Donald Tusk, do ministro da Defesa e do presidente do parlamento para aprová-la com urgência.

© Facebook de Andrzej Duda

A lei, que introduz uma limitação territorial temporária ao direito de apresentar um pedido de asilo, pode agora ser “imediatamente” aplicada, depois de Tusk ter há alguns dias afirmado que o faria assim que fosse obtido o acordo de Duda.

O chefe do executivo polaco expressou repetidamente a sua “incompreensão” quanto ao atraso na promulgação da lei, comentando que “a cada dia que passa, os guardas fronteiriços arriscam cada vez mais as suas vidas para proteger a fronteira com a Bielorrússia de tentativas de travessia ilegal”.

Tusk indicou que a nova legislação vai de imediato melhorar a situação na fronteira oriental, onde, segundo ele, está a reacender-se a “guerra híbrida” instigada pelo regime bielorrusso utilizando migrantes ilegais.

De acordo com o primeiro-ministro polaco, um dos principais incentivos a este tipo de contrabando é “a possibilidade de, quando uma pessoa atravessa a fronteira ilegalmente, poder apresentar imediatamente um pedido de asilo” e permanecer no país.

A nova lei estipula que, se um representante da autoridade considerar necessário rejeitar um pedido de asilo para evitar a desestabilização da Polónia, pode recusar-se a processar o pedido por um período de 60 dias consecutivos, embora este período possa ser renovado indefinidamente.

Tanto o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, como o presidente do parlamento, Szymon Holownia, reiteraram os seus apelos a Duda para que promulgasse a lei o mais rapidamente possível e “enviasse um sinal claro à Rússia e à Bielorrússia de que a Polónia leva a sério a segurança das suas fronteiras”.

Segundo o primeiro-ministro, após a promulgação pelo Presidente, a norma entrará em vigor na próxima reunião do Conselho de Ministros.

Esta medida vem somar-se às já existentes para proteger a fronteira com a Bielorrússia, como a barreira de aço de 5,5 metros de altura construída em 2022 e a delimitação de uma zona de exclusão no troço da região de Podlaskie, que foi recentemente prorrogada e ampliada.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.