Em comunicado, a Associação de Médicos Prestadores de Serviço explicou que são os médicos tarefeiros que garantem “escalas quando mais ninguém está disponível”.
“Somos nós que garantimos noites, fins de semana, feriados e épocas críticas. Somos nós que mantemos portas abertas durante todo o ano e somos também nós que mantemos o sistema aberto, mesmo quando há sinais de falha”, acrescentou.
Para a associação criada recentemente, além do aumento das infecções respiratórias sazonais, que faz com que mais pessoas se desloquem às urgências, também o número de profissionais de saúde está limitado, quer por férias, quer porque os internos do ano comum já terminaram a sua formação e os internos ainda não resultaram da sua atividade clínica especializada.
“É neste cenário que fica completamente exposto a realidade que muitos preferem não ver: as urgências hospitalares em Portugal funcionam porque existem médicos sobre serviço”, atualmente a Associação de Médicos Prestadores de Serviço.
Mesmo apesar da sua importância e necessidade, alertou ainda a associação, os médicos tarefeiros não têm direito a férias, tolerância de ponto, nem estabilidade contratual. “O modelo atual assenta numa exploração silenciosa que se tornou normalizada — e isso é inaceitável.”
Para o próximo ano, a Associação de Médicos Prestadores de Serviço deixou o aviso: “não estaremos disponíveis a permanência em condições que não se coadunem com a nossa profissão, responsabilidade e espírito de sacrifício”.