A continuação de temperaturas elevadas, ausência de precipitação e perigo de incêndio muito elevado são algumas das previsões do Instituto Português do Mar e das Atmosfera (IPMA) para os próximos meses.
O presidente do IPMA, Miguel Miranda, adiantou, no final de uma reunião em que estiveram presentes os ministros do Ambiente, Administração Interna e Agricultura, que o objetivo não é ser alarmista, mas realista e agir preventivamente.
“A situação não é de dramatismo, temos de ver as coisas com serenidade, mas com antecipação. Desde fevereiro que temos pouca precipitação. A probabilidade de precipitação daqui até ao verão é baixa e, portanto, vamos ter tensão em muitas áreas, no ambiente, no abastecimento, nas barragens, nos fogos. É muito importante que se compreenda agora que vamos ter uma maratona e não uma corrida de 100 metros para chegarmos a setembro, outubro melhor do que no ano passado”, disse.
Miguel Miranda salientou que o perigo de incêndio vai ter valores elevados, destacando que todos têm de se preparar para o verão e balancear economia com a vida dos cidadãos.
“Tem de se avançar com medidas estruturais. Não podemos deixar para o fim para implementar medidas que envolvem políticas, mas também [comportamentos
] dos cidadãos”, disse.