Rishi Sunak assume com “humildade e honra” cargo de PM britânico

O próximo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, manifestou hoje “humildade e honra” ao ser declarado líder do Partido Conservador, prometendo “estabilidade e unidade” numa altura em que o Reino Unido enfrenta “um grande desafio económico”.

Numa declaração hoje em Londres, poucas horas depois da desistência da candidata rival remanescente à liderança dos conservadores e ao cargo de primeiro-ministro, Sunak começou por prestar homenagem à antecessora Liz Truss “pelo seu serviço público dedicado ao país”.

“Ela conduziu com dignidade e elevação um tempo de grandes mudanças e em circunstâncias excepcionalmente difíceis, tanto no país como no estrangeiro”, reconheceu.

Liz Truss esteve no posto apenas seis semanas e ficará na história como tendo cumprido o mandato mais curto como chefe de Governo.

Sunak disse sentir-se “humilde e honrado” por ter sido eleito líder do Partido Conservador, o que considerou “o maior privilégio” da sua vida, para assim poder “retribuir ao país ao qual tanto deve”.

“O Reino Unido é um grande país. Mas não há dúvida de que enfrentamos um profundo desafio económico. Precisamos agora de estabilidade e unidade. E eu farei a minha maior prioridade unir o nosso partido e o nosso país”, continuou.

Prometendo trabalhar “com integridade e humildade”, Sunak disse ser necessária unidade para “superar os desafios” enfrentados e “construir um futuro melhor e mais próspero”.

O antigo ministro das Finanças foi o único candidato à liderança do Partido Conservador a receber o apoio exigido de pelo menos 100 dos 357 deputados Conservadores.

Enquanto líder do partido com maioria parlamentar, Sunak será posteriormente indigitado como primeiro-ministro do Reino Unido pelo Rei Carlos III, após Liz Truss se encontrar com o monarca para o informar e formalizar a demissão.

Segundo a imprensa britânica, isto não acontecerá hoje.

Sunak, de 42 anos e descendente de imigrantes indianos, será o terceiro primeiro-ministro do Reino Unido em sete semanas, depois de Boris Johnson e Liz Truss, o mais novo desde 1783 e o primeiro britânico não-branco a ocupar o cargo.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).