Bolsas europeias caem, de novo arrastadas pela banca

©R.P

As principais bolsas europeias inverteram hoje a tendência, arrastadas pelos bancos, depois do anúncio de uma reunião urgente convocada pelo Banco Central Europeu (BCE), e de o Credit Suisse ter caído novamente na bolsa de Zurique.

Às 12:30 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,35% para 440,10 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 0,28%, 0,88% e 0,37%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 0,71% e 0,43%, respetivamente.

As ações do Credit Suisse, atualmente a cair 0,23%, perderam mais de 6% do seu valor desde o início das negociações de hoje na Bolsa de Valores de Zurique, criando o regresso das dúvidas sobre a estabilidade do banco, depois dos grandes altos e baixos dos dois dias de negociação anteriores.

Entretanto, os futuros de Wall Street apontam para descidas de 0,47% para a Dow Jones Industrials e 0,29% para a S&P 500, enquanto o Nasdaq está 0,09% acima.

O Banco Central Europeu (BCE) convocou para hoje uma reunião extraordinária do conselho de supervisão para debater a turbulência no setor bancário dos Estados Unidos.

O BCE “está reunido para trocar pontos de vista e informar os membros sobre os recentes desenvolvimentos no setor bancário”, afirmou um porta-voz citado pelos meios de comunicação alemães.

Já no início da semana tinha havido uma reunião extraordinária devido à turbulência no setor bancário que agita as memórias de 2008 quando problemas nos EUA levaram a uma crise financeira global.

Agora nos EUA, o First Republic Bank entrou numa situação difícil porque os seus clientes levantaram uma grande parte dos seus depósitos, criando preocupações após o colapso do Sillicon Valley Bank e do Signature Bank.

Há receios de contágio e uma crise de confiança que poderá levar a levantamentos de depósitos, o poderá arrastar outros bancos.

Os bancos europeus registam tendências diversas, com o banco suíço UBS a cair 0,81%.

Em França, a Société Générale reduziu os ganhos e avança 2,24% e o BNP Paribas cai 0,34%, enquanto na Alemanha, o Commerzbank sobe 0,23% e o Deutsche Bank cai 1,76%.

No Reino Unido, o HSBC subiu 2,07 %, enquanto o Barclays caiu 1%.

Em Lisboa, a bolsa também inverteu a tendência, estando o PSI a cair 2,28% para 5.732,10 pontos, com o BCP a cair 3,01% para 0,19 euros.

Últimas de Economia

As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai pedir um reforço em 250 milhões de euros da garantia pública a que pode aceder para crédito à habitação para jovens, disse hoje o presidente executivo em conferência de imprensa.
O índice de preços dos óleos vegetais da FAO foi o único a registar um aumento em outubro, contrariando a tendência de descida generalizada nos mercados internacionais de bens alimentares. O indicador subiu 0,9% face a setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022, segundo o relatório mensal divulgado pela organização.
Apesar de o número total de empresas criadas em Portugal até setembro ter aumentado 3,7% face ao mesmo período de 2024, mais 1.636 novas constituições, atingindo o valor mais elevado dos últimos 20 anos, os dados do Barómetro da Informa D&B revelam sinais de desaceleração em vários setores e regiões do país.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em setembro, face ao mesmo mês de 2024, com a mão-de-obra a subir 8,8% e os materiais 1,4%, segundo dados do INE hoje divulgados.
A ministra do Trabalho afirmou hoje, no parlamento, que as pensões mais baixas deverão ter um aumento de 2,79% em 2026 e que a atribuição de um suplemento extraordinário dependerá da folga orçamental.
A EDP prevê investir cerca de 2,5 mil milhões de euros em Portugal no período 2026-2028, dos quais 1.700 milhões em redes de eletricidade, anunciou hoje o presidente executivo do grupo, Miguel Stilwell d’Andrade.
O Banco da Inglaterra decidiu hoje manter as taxas diretoras em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos, ao avaliar que as pressões inflacionistas persistem na economia britânica.