A cultura do cancelamento é uma tendência preocupante e intolerante que promove a uniformização do pensamento. Há vários anos que as universidades têm sido dominadas pela política de esquerda, e a extrema-esquerda assumiu um papel cada vez mais preponderante na definição de assuntos considerados fracturantes.
À medida que esta corrente ideológica ganha força no seio académico, aumenta também a sua influência na sociedade em geral. Atualmente, assistimos ao crescimento exponencial do número de alunos que são doutrinados nestas ideologias sem sentido, cujas mentes, em vez de serem expandidas, são encerradas pelos seus próprios preconceitos.
Estes jovens, criados no ambiente universitário, espalham-se pela sociedade, impondo de forma totalitária as suas opiniões sobre o que devemos fazer, pensar e dizer. Consideram-se os novos guerreiros da justiça social, criados na cultura do repúdio.
Os livros são incluídos ou retirados do currículo com base no politicamente correto, os novos códigos discursivos policiam a linguagem dos estudantes e professores e muitos cursos são concebidos apenas para transmitir a doutrinação ideológica. As ciências humanas têm por base um tema único: a ilegitimidade da cultura ocidental.
Na verdade, estes jovens são vítimas de uma educação infeliz, que os transformou em amargurados e idiotas. Exigem constantemente segurança emocional sobre qualquer coisa com a qual discordem. Opõem-se a tudo o que aconteceu antes do seu nascimento e a uma grande maioria das coisas que acontecem no presente.
Para eles, tudo e todos são racistas. Somos diariamente encorajados a denegrir a nossa cultura, história e sentimento de pertença, em nome do politicamente correto, para que possamos ser uma sociedade inclusiva, onde todos os recém-chegados se sintam em casa, sem terem que fazer qualquer esforço para se adaptarem ao seu novo ambiente.
Em última análise, pedem-nos para esquecer toda a nossa herança cultural, na qual se alicerçam todos os valores ocidentais, e que, embora não sejam perfeitos, serviram de base à construção das nossas sociedades e são a fonte da nossa coesão social.