Bolsa de Lisboa em baixa com EDP a cair 1,85% e a Ibersol a subir 3,55%

A bolsa de Lisboa estava hoje em baixa, a inverter a tendência da abertura, com as ações da EDP a caírem 1,85% para 4,88 euros e as da Ibersol a subirem 3,55% para 7,00 euros.

Cerca das 9h05 em Lisboa, o PSI, que desde 20 de março inclui também a Ibersol, recuava 0,26% para 6.072,94 pontos, com a cotação de oito ‘papéis’ a subir e oito a descer.

Às ações da EDP seguiam-se as da Navigator e da Galp, que se desvalorizavam 0,66% para 3,33 euros e 0,52% para 10,44 euros.

Na quinta-feira, depois do fecho do mercado, a EDP anunciou que registou, no primeiro trimestre deste ano, lucros de 306 milhões de euros, recuperando dos prejuízos de 76 milhões de euros que tinha obtido no período homólogo, e esta manhã a Galp divulgou que obteve um lucro de 250 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, 62% acima dos 155 milhões de euros do período homólogo e que compara com 273 milhões do trimestre anterior.

As ações da NOS, Jerónimo Martins e Corticeira desciam respetivamente 0,42% para 3,78 euros, 0,26% para 22,78 euros e 0,20% para 10,16 euros.

As outras duas ações que desciam, REN e EDP Renováveis, caíam 0,19% para 2,60 euros e 0,15% para 20,15 euros.

Em sentido contrário, depois das ações da Ibersol, as que mais subiam eram as do BCP, Greenvolt e CTT, que se estavam a valorizar 1,56% para 0,22 euros, 1,41% para 6,98 euros e 0,95% para 3,71 euros.

Na quinta-feira, os CTT anunciaram que encerraram o primeiro trimestre de 2023 com um resultado líquido de 16,1 milhões de euros, o que traduz uma subida de 198% face aos 5,4 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, e a Ibersol divulgou ao mercado que o seu Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações no montante máximo de 32.696.827,50 euros.

As outras quatro ações que subiam (Semapa, Altri, Sonae e Mota-Engil), avançavam entre 0,86% e 0,20%.

As principais bolsas europeias negociavam hoje em alta, com os investidores à espera da publicação do relatório oficial sobre o emprego nos EUA.

A semana foi marcada pelas decisões dos bancos centrais, com o Banco Central Europeu (BCE) a anunciar na quinta-feira uma nova subida das taxas, mais moderada do que em ocasiões anteriores, de um quarto de ponto, para 3,75%, depois de a Reserva Federal dos EUA (Fed) ter subido na quarta-feira em 25 pontos base as taxas de juro, como previsto.

O presidente da Fed, Jerome Powell, explicou que a decisão de fazer uma pausa na subida do preço do dinheiro não está tomada.

Wall Street voltou a fechar no vermelho, no meio de novas dificuldades para os bancos regionais, já que algumas instituições, como a PacWest, registaram uma queda de mais de 50%.

Após a queda de três bancos nos EUA, as tensões no setor mantêm-se, com as atenções a centrarem-se, de novo, nos bancos e nos efeitos que a subida das taxas de juro pode estar a ter no sistema financeiro.

A esta hora, os índices futuros dos EUA estão a abrir em território positivo, antes da publicação do relatório oficial de emprego de abril.

Na quinta-feira, a Bolsa de Nova Iorque terminou em baixa, com o Dow Jones a baixar 0,86% para 33.127,74 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro de 2022.

O Nasdaq fechou a desvalorizar-se 0,49% para 11.966,40 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro de 2021.

A nível cambial, o euro abriu a subir no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1032 dólares, contra 1,1025 dólares na quinta-feira.

O euro está a cotar-se acima da paridade face ao dólar desde 07 de novembro, depois de ter estado abaixo da paridade desde 20 de setembro, com exceção para o dia 26 de outubro (1,0076 dólares).

O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu a subir no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 73,55 dólares, contra 72,50 dólares na quinta-feira e 72,33 na quarta-feira, um mínimo desde janeiro de 2022.

Últimas de Economia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta as previsões para o crescimento da economia mundial, para 3,2% este ano, face aos 3% que apontou em julho, segundo o World Economic Outlook (WEO), hoje publicado.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia portuguesa vai crescer 1,9% este ano e 2,1% no próximo, mais pessimista que o Governo, que no Orçamento do Estado aponta para crescimentos de 2% e 2,3%.
Portugal vai receber 1,06 mil milhões de euros do sétimo pedido de pagamento ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) do programa NextGenerationEU, anunciou hoje a Comissão Europeia.
Menos de um quinto das contas de 2024 das entidades que integram os subsetores da Administração Central e da Segurança Social foram instruídas com a respetiva certificação legal, inviabilizando uma leitura consolidada e fiável, segundo um relatório do TdC.
Os preços de ouro e prata, metais preciosos considerados investimento seguro em tempos incertos, bateram, esta segunda-feira, valores recorde, respetivamente com 4.080 dólares (3.512 euros) e 51 dólares (44 euros) a onça de cada um, segundo a Bloomberg.
A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve o 'rating' da Região Autónoma dos Açores em "BBB", com perspetiva de longo prazo estável, foi hoje divulgado.
O IEFP estima abranger 8.000 beneficiários com o novo incentivo de regresso ao trabalho, que permite que os desempregados até aos 30 anos possam acumular até 35% do subsídio desemprego com novo salário, adiantou o MTSSS à Lusa.
O número de voos comerciais na União Europeia aumentou 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas manteve-se 1,8% aquém do registado em 2019, antes da pandemia da covid-19, divulga hoje o Eurostat.
A prata ultrapassou hoje os 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1993 impulsionada pela procura de investimentos refúgio num contexto de incertezas económicas e políticas.
A Comissão Europeia deu hoje dois meses a Portugal para transpor corretamente as regras comunitárias sobre reduções de preços nos serviços, que visam salvaguardar a proteção dos consumidores, considerando que o país não respeita normas sobre práticas comerciais.