Ciganos protestam contra Ventura em Aveiro

Um grupo de pessoas de etnia cigana acusou hoje o líder do CHEGA de ser racista, com André Ventura a responder que "têm de trabalhar" e "cumprir regras".

© Folha Nacional

Num dia dedicado a Aveiro, a arruada que contou com a presença de André Ventura e do cabeça de lista pelo distrito, Pedro Frazão, arrancou ao final da manhã junto à estação de comboios.

Perto do final do percurso de cerca de um quilómetro, em direção à ria, um grupo de pessoas de etnia cigana mostrou o seu descontentamento perante o partido CHEGA.

“Racista. Nós trabalhamos, nós temos tantos direitos quanto vós, fazemos descontos”, gritaram, acrescentando que são cidadãos portugueses.

“Não é racista, é terem todos que trabalhar, como toda a gente. É terem de trabalhar como toda a gente tem de trabalhar, é só isso. Não é nenhum racismo, nem nenhum fascismo. É terem de trabalhar e cumprir as mesmas regras que todos os outros”, comentou André Ventura quando ouviu os protestos destas pessoas, sem se aproximar.

O líder do CHEGA considerou que estas críticas não são verdadeiras e que se tratou da “vitimização habitual que a comunidade cigana faz e procura para poder atacar [o partido] sem qualquer razão”.

“Acredito que a etnia cigana em Portugal tem de cumprir todas as regras que os outros cumprem. Há uns que trabalham, há uma grande maioria que não trabalha, fazem as mulheres casar aos 13 anos, vivem num estado de desagregação face à regra geral da comunidade absoluta. Não sou eu que sou fascista, são eles que querem regras à parte em Portugal, e eu não posso aceitar isso”, respondeu.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA, André Ventura, regressou hoje à campanha eleitoral na última ação, em Lisboa, para fazer um discurso em que realçou a força do partido na sua ausência.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, disse hoje que o partido está disponível para diálogos com outras forças políticas após as eleições legislativas de domingo, nomeadamente com a AD, mas não com Luís Montenegro.
O partido CHEGA, liderado por André Ventura, tem-se destacado nas sondagens online, posicionando-se como um dos principais favoritos nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025. Em particular, uma sondagem interativa realizada pela plataforma PollFM que até à data revela que o CHEGA lidera com 44,4% das intenções de voto, superando a Aliança Democrática (AD), que obtém 31,7%, e o Partido Socialista (PS), com 11,82%.
Mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito no domingo, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.
De acordo com a sondagem mais recente da Aximage, realizada para o Folha Nacional, se as legislativas se realizassem agora, o CHEGA alcançaria 20% das intenções de voto, ou seja, ultrapassaria o valor que obteve nas eleições de março 2024 (18%).
O presidente do CHEGA, André Ventura, abandonou hoje pelas 09:44 o hospital de Faro, onze horas depois de te dado entrada naquela unidade hospitalar, na sequência de se ter sentido mal enquanto discursava num jantar comício em Tavira.
O líder do CHEGA considerou hoje que a vitória da AD – Coligação PSD/CDS-PP nas legislativas de domingo “é uma possibilidade em cima da mesa” e antecipou que os eleitores darão uma “maioria absolutíssima” à direita, com o seu partido.
O presidente do CHEGA, André Ventura, voltou hoje a dizer que espera que os eleitores deem "um cartão vermelho" aos partidos que sustentam o Governo, e defendeu que os portugueses "querem uma mudança".
O Presidente do CHEGA disse hoje que tem recebido denúncias de que os boletins de voto não estão a chegar aos portugueses que votam no estrangeiro e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que esclareça esta questão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".