As Espanhas

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Não estão assim tão longe de nós as Nações que atualmente constituem a Espanha de hoje. Sendo um regime de Monarquia Constitucional, com Regiões de Autonomia muito avançadas e constitucionalmente consagradas, formam hoje, um não retorno político, de estabilidade e desenvolvimento e uma solução de integridade territorial, que tem evitado a desagregação da Espanha, evitando a repetição da guerra civil. Assim, penso eu, quem no seu programa político ou mesmo que apenas o aborde em eleições nacionais, está a levantar um grave problema para a unidade nacional um perigoso caminho de conflito e uma perda de popularidade, pois a esmagadora maioria dos Espanhóis de hoje, não admite retrocessos das autonomias nem o possível cenário de retrocesso que provocaria o possível regresso da via terrorista dos atentados para a tomada do poder ou no mínimo o combate ao caminho de crescente centralismo de Madrid. Dito isto, penso que, apesar de ter ficado como a terceira força, o VOX, perdeu por ter posto esta estabilidade política constitucional em causa. As regiões de maior e exigente caminho de autonomia consolidada e ainda não terminada, como a Catalunha, o País Basco, Navarra e até a Galiza, não perdoariam e penso que não perdoam a quem por em causa o atual “status quo”. Depois do fecho das urnas, em Espanha, o cenário de vitória fica condicionada na dificuldade de chegar a uma maioria absoluta de 176 deputados, por coligações de partidos Nacionais. Apesar do enorme crescimento do PP, e a estabilização do número de deputados do PSOE, não parece possível uma ligação tripartida do PP, VOX e Sumar. Pelo que e caso o PSOE não crie uma geringonça à espanhola, com os vários partidos regionais, terá que ser o PP a iniciar um governo de maioria simples, sem ou com o VOX, e ainda caso queira uma maioria absoluta terá que agregar vários partidos, iniciando assim um processo, com mais riscos e mais intervenientes numa possível instabilidade no parlamentar a médio prazo. De salientar o desastre em desaparecimento de um tal “Podemos” de extrema esquerda, uma espécie de Syriza de segundo plano.
A nível europeu, poderemos ter uma Espanha menos interventiva na sua presidência europeia de 1 Julho a 31 de Dezembro de 2023.
Mais do que Espanha, a Europa segue na direção da Direita democrática, contrapondo soluções mais adequadas ao momento que se vive, e só para dar alguns exemplos, como descontrolo de imigração, redes clandestinas e tráfico de seres humanos, descontrole dos gastos públicos pondo em risco a estabilidade monetária, nestes tempos de guerra e incertezas quanto ao comportamento das taxas de juros e suas consequências a curto prazo nas empresas, custo de vida e agravamento da inflação, senão descontrole. Sem querer deixar o país andar em roda livre, em várias questões nacionais.
Sem que seja possível um mapeamento fácil da realidade política partidária espanhola diretamente para a portuguesa, pois o PP não se pode identificar com o PSD, embora o PSOE se possa identificar com o PS, o VOX com a linha política do CHEGA, e talvez o Sumar com o BE+PCP. Feita esta ressalva, pode-se considerar que a mensagem política a reter é sem dúvida uma crescente subida da Direita, traduzida na expressiva soma de votos PP mais VOX, uma estabilização do PSOE assim como e em quarta posição a manutenção da extrema esquerda, aqui representada pelo SUMAR, para não dividir.
Sem poder adivinhar o impacto direto, fica aqui a tendência que pode gerar alguma instabilidade em Espanha, possível de ultrapassar e bons ventos para Portugal no que à alternativa a médio prazo de seguirmos a tendência explicita espanhola de viragem para a direita democrática na luta pelo progresso nacional, integridade territorial e coordenação da imigração ilegal, ou de tráfico de seres humanos, apoiando a imigração que o pais necessita para que todos juntos possamos fazer deste espaço a que chamamos Portugal e regiões autónomas um espaço de vivencia salutar, progresso e acima de tudo cooperando para aquilo que politicamente nos identifica como Europeus nas regras de um estado de direito, na presença da NATO, seguindo um desenvolvimento económico equilibrado de público e privado na sã concorrência com regulação forte e justiça mais célere e menos politizada que tem evitado algum pântano a que estamos cada dia a ver nas noticias nacionais, com casos de corrupção inadmissíveis no país que ansiamos de estabilidade e respeito com consequências para quem não respeita as leis ancionais.
A caminho de 22 +1 países governados pela direita

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