Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do CHEGA indicou que o debate potestativo que o CHEGA agendou para a próxima quarta-feira, dia 10 de janeiro, terá como tema a “intervenção do Governo, do Estado português, nos CTT e noutras empresas públicas”.
“Decidimos agendar o tema quando percebemos que há indícios fortes de que houve uma atuação política premeditada e articulada, pelo menos entre o PS e o BE, como moeda de troca do Orçamento do Estado, para comprar ações dos CTT”, afirmou.
O agendamento foi anunciado por André Ventura na sequência de uma notícia do Jornal Económico segundo a qual o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão.
O líder do CHEGA considerou ser necessário perceber se “houve interferência política por parte do PS” e assinalou que o ministro responsável na altura era Pedro Nuno Santos.
“Era importante que ele dê uma explicação, é importante perceber se o BE, na altura liderado por Catarina Martins, teve ou não influência na chantagem sobre o Governo para a compra de ações dos CTT, através da Parpública, como moeda de troca do Orçamento do Estado, e é importante perceber porque é que o Estado decidiu gastar dinheiro daquela forma, naquele momento, quando já se sabia que o modelo de gestão estava em mudança e esse seria, com grande probabilidade, dinheiro perdido”, sustentou.
André Ventura disse que o CHEGA vai pedir que o atual secretário-geral e deputado do PS, Pedro Nuno Santos, bem como a ex-líder do BE, Catarina Martins, sejam ouvidos no parlamento sobre este caso para explicarem “se houve ou não conluio partidário”.
*com Agência Lusa