Presidente do México acredita que Trump vai abandonar plano de muro fronteiriço

O Presidente do México disse acreditar que Donald Trump vai abandonar o plano de construir um muro na fronteira entre os dois países caso o ex-líder dos Estados Unidos seja reeleito.

© Facebook de Andrés Manuel López Obrador

“O muro não funciona!”, exclamou numa entrevista à televisão norte-americana CBS Andrés Manuel López Obrador, afirmando acreditar que Trump não vai prosseguir com a construção “porque precisa do México”.

“Entendemo-nos muito bem. Assinámos um acordo comercial que tem sido favorável para ambos os povos. Ele sabe disso. E o Presidente [dos Estados Unidos Joe] Biden também”, disse Obrador, numa entrevista transmitida no domingo, na estação de televisão CBS.

Num encontro entre López Obrador e Trump, durante o mandato do ex-presidente dos EUA ((2017-2021), o Republicano disse ao líder mexicano que contrabandistas tinham conseguido escavar túneis sob as barreiras já instaladas.

“[Trump] ficou em silêncio, depois começou a rir e disse-me: ‘Não consigo ganhar-te’”, lembrou López Obrador, numa entrevista ao popular programa de notícias norte-americano 60 Minutes, gravada na sexta-feira, na Cidade do México.

O Presidente mexicano sublinhou que as “causas profundas” da crise migratória na fronteira entre os dois países são de cariz humano e não criminal e devem ser abordadas e analisadas de forma séria.

López Obrador defendeu que a solução passa por Washington se comprometer a dar 20 mil milhões de dólares (18,5 mil milhões de euros) por ano aos países mais pobres da América Latina e das Caraíbas.

O governante mexicano apelou ainda a Washington para aliviar as sanções contra Venezuela e Cuba e legalizar os milhões de mexicanos que imigraram sem autorização para os Estados Unidos e têm cumprido as leis norte-americanas.

O Presidente do México avisou que, caso Washington não tome estas medidas, “o fluxo de migrantes vai continuar”, mas reiterou o compromisso em ajudar a lidar com a crise migratória.

Os EUA expulsaram ou expatriaram quase 600 mil estrangeiros nos últimos dez meses, a maioria migrantes que cruzou de forma ilegal a fronteira sul do país com o México.

A vaga de migrantes tem sido descrita pela oposição Republicana como uma invasão e tornou-se uma das questões centrais na campanha para as eleições presidenciais norte-americanas de novembro.

Últimas do Mundo

O gato doméstico chegou à Europa apenas há cerca de 2000 anos, desde populações do norte de África, revela um novo estudo que desafia a crença de que o berço deste felino é o Médio Oriente.
Os estabelecimentos hoteleiros da região semiautónoma chinesa de Macau tiveram 89,3% dos quartos ocupados no mês passado, o valor mais elevado para outubro desde antes da pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.
A infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo em algum momento da sua vida reprodutiva e 36% das mulheres afetadas também são vítimas de violência por parte de seus parceiros, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O número de mortos pelas cheias no sul da Tailândia aumentou para 145, anunciou hoje um porta-voz do Governo tailandês numa conferência de imprensa, quando as chuvas também estão a provocar mortes nos países vizinhos.
Andriy Yermak, o homem mais poderoso depois do Presidente ucraniano, está a ser investigado por corrupção ligada à Energoatom. O NABU entrou esta sexta-feira na sua casa, abalando o núcleo duro do poder em plena guerra.
Pelo menos 128 pessoas morreram em consequência do incêndio que devastou um complexo residencial em Hong Kong na quarta-feira, de acordo com o balanço atualizado esta sexta-feira, 28 de novembro, pelas autoridades locais, que deram conta ainda da existência de 79 feridos.
Famílias imigrantes estão a viajar propositadamente para deixar adolescentes em instituições espanholas e aceder a benefícios públicos — um esquema que já envolve dezenas de casos e redes organizadas. O CHEGA avisa que Portugal “pode ser o próximo alvo” se não fechar urgentemente brechas legais semelhantes.
A Disney retirou pela primeira vez desde 2019 qualquer referência a “diversidade”, “equidade” ou “inclusão” dos seus relatórios oficiais, marcando um recuo histórico na estratégia ideológica que dominou a empresa nos últimos anos. Para o CHEGA, esta mudança demonstra que “o público está farto de propaganda disfarçada de entretenimento”.
A procuradora federal de Washington D.C. acusou hoje o suspeito do ataque contra dois agentes perto da Casa Branca de três crimes de tentativa de homicídio e um de posse ilegal de arma de fogo.
Pelo menos 75 pessoas morreram na sequência do incêndio que atingiu edifícios habitacionais em Hong Kong na noite de quarta-feira, segundo um novo balanço anunciado pelo porta-voz do Governo daquela região administrativa especial (RAEHK).