Centro Padre Alves Correia admite erro na divulgação no caso da criança agredida

O Centro Padre Alves Correia admitiu que “foi um erro” divulgar informações sobre a nacionalidade e a idade da criança alegadamente agredida numa escola e reconheceu que a utilização do “termo linchamento” não foi adequada.

© D.R

“Reconhecemos que o termo ‘linchamento’, que foi utilizado, não é o adequado e surgiu enquanto manifestação espontânea face aos contornos da agressão, e assumimos que foi um erro prestar informação sobre a nacionalidade e a idade da criança”, refere o Centro Padre Alves Correia (CEPAC), num comunicado divulgado no sábado à noite para esclarecer as notícias divulgadas nos últimos dias.

O CEPAC confirma a agressão ao menor, dando conta que “os factos e contornos” foram transmitidos à Procuradoria da Família e Menores e ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) a quem caberá agora “o apuramento do ocorrido em sede própria”.

O esclarecimento do CEPAC surge depois do Ministério da Educação ter referido que, após ter recolhido novas informações, “não há qualquer indício” que tenha ocorrido um linchamento contra uma criança nepalesa, numa escola do concelho da Amadora.

A agressão à criança nepalesa de 9 anos numa escola foi noticiada, na terça-feira, pela Rádio Renascença e a denúncia foi feita pela diretora executiva de uma instituição da Igreja, o Centro Padre Alves Correia, que considerou que “as motivações dos outros menores foram xenófobas e racistas”.

No comunicado agora emitido o CEPAC refere que as declarações de Ana Mansoa, diretora executiva da instituição, “surgiram no contexto de uma conversa telefónica, por iniciativa de jornalista da Rádio Renascença, enquadradas no pedido de exemplos que sustentassem a preocupação e perceção de organizações católicas sobre o aumento do discurso de ódio contra pessoas migrantes”.

“Desde a divulgação da notícia, o CEPAC teve e tem como prioridade salvaguardar o anonimato e bem-estar da criança”, salienta, frisando ser “difícil para as vítimas e testemunhas denunciarem estes casos, e que o foco deverá ser sempre a sua proteção”.

O Ministério Público abriu um inquérito à alegada agressão a uma criança nepalesa numa escola, mas esclareceu que a queixa apresentada não indica a nacionalidade da vítima, informou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na quarta-feira, o Ministério da Educação já tinha apontado que a escola, do concelho da Amadora, distrito de Lisboa, onde foi denunciada a agressão violenta a uma criança nepalesa desconhecia “o alegado episódio” e que os únicos estudantes nepaleses do estabelecimento frequentam o ensino secundário.

Últimas do País

Os portugueses estão a gastar mais nas férias de verão deste ano face a 2024, segundo o mais recente Barómetro de Viagens da ANAV — Associação Nacional de Agências de Viagens.
A Provedoria de Justiça alertou esta terça-feira para a falta de cumprimento generalizado das obrigações e da legislação sobre o ruído, bem como da fiscalização e monitorização, criticando sobretudo as autarquias.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a Associação dos Profissionais da Guarda pediram, esta terça-feira, à tutela para que retome "com a maior brevidade" as negociações iniciadas no anterior Governo, admitindo avançar com protestos na ausência de respostas.
Uma boia colocada no oceano ao largo de Faro registou temperaturas da superfície do mar “significativamente superiores” à média dos últimos 20 anos, o que indica uma “onda de calor marinha”, informou esta terça-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Vinte concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Viseu e Guarda estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA, que prevê um agravamento deste risco nos próximos dias.
A Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) anunciou hoje que está em contacto com as autoridades portuguesas e que vai investigar o naufrágio que envolveu um barco de patrulha costeira da Polícia Marítima portuguesa.
Disciplina com melhores resultados médios foi Inglês, como 14,1 valores.
A Polícia Judiciária realizou buscas na Polícia Municipal de Loures por suspeitas de corrupção, falsificação de documentos e abuso de poder. A operação incluiu 15 mandados e envolveu cerca de 30 inspetores. Estão em causa práticas ilegais ligadas a contraordenações, horas extra e serviços prestados a privados.
O diretor do serviço de ortopedia do Hospital de Santa Maria, Paulo Almeida, demitiu-se esta terça-feira devido à falta de profissionais para as escalas. Doze ortopedistas recusaram fazer horas extraordinárias. A administração enfrenta várias mudanças e polémicas recentes.
Um imigrante argelino em situação ilegal esteve sete meses a ocupar uma cama no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, mesmo depois de ter alta. Sem documentos e com problemas psicológicos, resistiu à detenção policial. Foi finalmente detido e encaminhado para centro temporário no Porto.