Lukashenko concorre a sétimo mandato presidencial na Bielorrússia

A Comissão Eleitoral Central (CEC) da Bielorrússia registou hoje o Presidente Alexander Lukashenko como candidato presidencial para as eleições de 26 de janeiro próximo, apresentando-se, assim, a um sétimo mandato, segundo a agência noticiosa bielorrussa BELTA.

©Facebook/AlexanderLukashenko

Além de Lukashenko, cuja vitória nas eleições presidenciais de 2020 não foi reconhecida nem pela oposição nem pelo Ocidente e desencadeou os maiores protestos da história recente do país e uma repressão policial sem precedentes, a CEC registou quatro outros candidatos.

Entre os registados encontra-se a empresária Anna Kanopatskaya, que se opõe à aproximação com a Rússia e, em particular, à União Estatal dos dois países, além de apelar à saída da aliança militar pós-soviética da Organização do Tratado de Segurança Coletiva e da Comunidade de Estados Independentes.

Também os presidentes dos partidos Liberal Democrático da Bielorrússia (PLDB), Oleg Gaidukyevich, e Republicano do Trabalho e da Justiça (ORTJ), Alexand Juzhniak, bem como o primeiro secretário do Partido Comunista da Bielorrússia (PCB), Sergey Sirankov, poderão participar na campanha eleitoral.

Segundo a CEC, a candidatura de Lukashenko foi apoiada por mais de 2,5 milhões de eleitores, seguido pela de Gaidukévich (134.472), Sirankov (125.577), Kanopátskaya (121.077) e Juzhniák (112.779).

A Bielorrússia, dirigida por Lukashenko desde 1994, realizará as suas próximas eleições presidenciais em 26 de janeiro de 2025.

O septuagenário dirigente bielorrusso, um aliado próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, considera que não pode “partir amanhã” porque seria uma traição ao país.

A oposição acusa Lukashenko de gerir um Estado policial, enquanto a Ucrânia o considera cúmplice da intervenção militar russa.

Últimas de Política Internacional

Um incêndio na zona mais sensível da COP30 lançou o caos na cimeira climática e forçou a retirada imediata de delegações, ministros e equipas técnicas, abalando o ambiente das negociações internacionais.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).