Roterdão terá mais de uma dezena de coproduções e filmes portugueses

Mais de uma dezena de filmes portugueses e coproduções nacionais, em competição e fora dela, vão ser mostrados a partir de 30 de janeiro no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, nos Países Baixos, revelou a organização.

© D.R.

Segundo a programação da 54.ª edição, quase completa e já disponibilizada ‘online’, há cinema português em várias secções, além das competições já anunciadas esta semana, e várias coproduções nacionais.

Na secção de curtas e médias metragens está ‘Sombras de nós próprios’, de Pedro Serrazina, um filme experimental feito a partir de animações em areia e que, segundo a produtora, “explora visual e sonicamente a perturbante sensação de vigilância crescente nas nossas sociedades”.

Na mesma seçcão, figuram ainda ‘Cinzas e nuvens’, da realizadora belga Margaux Dauby, sobre mulheres bombeiras que vigiam a paisagem portuguesa por causa dos incêndios, e a produção luso-brasileira ‘Quem se move’, de Stephanie Ricci, rodada em Lisboa.

Nesta secção tinha já sido divulgada a presença dos filmes ‘Vultosos Cumes’, ficção de Diogo Salgado, ‘Amarelo Banana’, primeira animação de Alexandre Sousa, e ‘A última colheita’, do cabo-verdiano Nuno Boaventura Miranda, com coprodução portuguesa.

Filmado ao longo de quinze anos, “na fronteira ancestral entre a Galiza e Portugal”, o filme ‘Deuses de pedra’, do realizador espanhol Iván Castiñeiras Gallego, também fará a estreia em Roterdão, no programa ‘Bright Future’, numa produção entre Portugal, Espanha e França.

O realizador espanhol Lois Patiño vai estrear em Roterdão o filme “Ariel”, inspirado na obra de Shakespeare e nas paisagens dos Açores, numa coprodução portuguesa.

Para famílias e crianças, Roterdão escolheu a animação ‘A menina com os olhos ocupados’, de André Carrilho, a partir de um premiado livro ilustrado homónimo do autor.

No extenso programa divulgado ‘online’ é possível ainda ver que Roterdão incluirá o filme ‘O Bobo’ (1987), de José Álvaro de Morais, e contará com alguns dos filmes que já passaram por outros festivais, nomeadamente ‘Grand Tour’, de Miguel Gomes, ‘On Falling’, de Laura Carreira, e ‘Tardes de Soledad’, do espanhol Albert Serra, com coprodução minoritária portuguesa.

Esta semana, a organização anunciou os filmes das secções competitivas, nomeadamente ‘Pai Nosso – Os últimos dias de Salazar’, primeira longa-metragem de ficção de José Filipe Costa inspirada no fim de vida de um político e de um regime, “Primeira pessoa do plural”, num regresso de Sandro Aguilar a Roterdão, e ‘La Durmiente’, curta-metragem de Maria Inês Gonçalves.

A 54.ª edição do Festival de Roterdão, onde o cinema português tem tido palco regular nas escolhas dos programadores, decorrerá de 30 de janeiro a 9 de fevereiro.

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