Greve no ‘handling’ levou ao atraso de 17 voos no aeroporto de Lisboa

A greve das empresas de 'handling' Menzies, antiga Groundforce, e Portway levou já ao atraso de 17 voos em Lisboa, estando 21 camiões com carga para os PALOP e Brasil sem previsão de serem despachados, disse fonte sindical.

© D.R

Em declarações à Lusa, Carlos Oliveira, da direção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA),disse, pelas 16h45, já haver 17 voos com atraso no aeroporto de Lisboa, devido greve dos trabalhadores da Menzies que prestam assistência em terra nos aeroportos.

Segundo o responsável, o impacto da greve destes trabalhadores, que prestam assistência em terra (‘handling’) nos aeroportos, irá sentir-se “mais tarde”, apanhando os voos de longo curso, sentindo-se “um maior impacto entre as 18h30 e as 22h30”.

Carlos Oliveira disse que se encontram 21 camiões com carga para ser carregada e transportada para o Brasil e para os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), “não havendo ainda previsão de quando será descarregada”.

O sindicalista reiterou estar a ser feita pressão sobre os trabalhadores, lembrando que “o ‘station manager’ está a pressionar as chefias das áreas operacionais para dizerem aos trabalhadores que não podem fazer dois períodos de greve, só podem fazer um”.

“Já aconteceu e voltou a acontecer. Mas os trabalhadores podem fazer um ou dois períodos de greve, fazem o que quiserem”, esclareceu.

A greve, que teve início às 00h00 de dia 22 de dezembro, é efetuada em módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos.

A última informação de fonte oficial da ANA, pelas 13h30, era de que não havia “voos cancelados devido à greve” e que a mesma estava a decorrer “sem impacto até ao momento”

Carlos Oliveira adiantou que no dia de Natal, na quarta-feira, o impacto da greve “prevê-se que seja mais doloroso”, já que há muitos trabalhadores “que não vão trabalhar o dia todo, não sendo somente duas horas”, precisou.

A Lusa tentou obter dados sobre a adesão à greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, que reivindicam melhores condições salariais e de trabalho, mas aguarda resposta.

Na origem do protesto está a ausência de resposta da empresa a questões como a falta de transportes a algumas das horas em que turnos começam e acabam e a exigência de que os trabalhadores paguem o parque de estacionamento quando levam o seu carro.

O SIMA exige ainda que a Menzies acabe com a existência de vencimentos base inferiores ao valor do salário mínimo nacional (820 euros em 2024) e cumpra o pagamento das horas noturnas pelo valor previsto no acordo de empresa.

Além dos trabalhadores da antiga Groundforce, também os da empresa de ‘handling’ Portway têm uma greve marcada para o período do Natal e Ano Novo.

A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início às 00h00 do dia 24 de dezembro de 2024 e até às 24h00 de dia 01 de janeiro de 2025.

Decorrerá ainda a partir das 00h00 horas do dia 24 de dezembro até às 24h00 do mesmo dia e a partir das 00:00 horas do dia 31 de dezembro até às 24 horas do último dia do ano.

A paralisação irá também abranger o trabalho em dia feriado que seja dia normal de trabalho, a partir do dia 24 de dezembro e até 02 de janeiro de 2025.

Últimas de Economia

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à compra do controlo exclusivo da Via Verde pela Brisa, foi hoje anunciado.
Os principais índices de Wall Street abriram hoje no vermelho, com a Boeing a recuar cerca de 5%, após o acidente com um modelo da fabricante na Índia.
A taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em maio, mais 0,2 pontos percentuais do que em abril, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
As empresas gestoras de hospitais privados conseguiram em 2024 receitas recorde que ultrapassaram os 2,5 mil milhões de euros, um aumento de 11,6% relativamente ao ano anterior.
A Euribor desceu hoje a três meses para um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022 e subiu a seis e a 12 meses, em relação a terça-feira.
As bolsas chinesas abriram hoje com ganhos moderados, depois de China e Estados Unidos terem concluído uma nova ronda de negociações comerciais com um acordo de princípio, que aguarda a aprovação dos dirigentes dos dois países.
A companhia aérea irlandesa 'low-cost' Ryanair anunciou hoje a compra, por 500 milhões de dólares (437 milhões de euros), de 30 motores de substituição LEAP-1B ao consórcio franco-americano Safran e GE Aerospace (CFM), para entregar nos próximos dois anos.
A integridade das infraestruturas de transporte terrestre e fluvial não esteve nunca comprometida durante o "apagão", concluiu o IMT, mas alerta para a necessidade de um grau de segurança de autonomia energética mínima nas entidades gestoras de infraestruturas críticas.
O setor do turismo acredita que o verão será positivo, antecipando mesmo resultados superiores a 2024, mas receia que a situação nos aeroportos, marcada por imagens de grandes filas, possa trazer ameaças à atividade no curto prazo.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) disse hoje que vai fechar nas próximas semanas um acordo para impulsionar a interligação elétrica entre Espanha e França.