Taiwan proíbe agências governamentais de utilizar aplicação chinesa DeepSeek

O Governo de Taiwan proibiu os funcionários públicos e infraestruturas essenciais de utilizarem a aplicação chinesa de modelos de inteligência artificial (IA) generativa DeepSeek R-1, alegando riscos para a "segurança nacional da informação".

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“O serviço de IA da DeepSeek é um produto chinês”, disse o Ministério dos Assuntos Digitais taiwanês, em comunicado divulgado na sexta-feira.

“As suas operações implicam transmissões internacionais, fugas de informação e outras preocupações com a segurança da informação”, acrescentou o ministério.

A decisão de Taiwan surge um dia depois da Autoridade Italiana para a Proteção de Dados Pessoais ter ordenado o bloqueio “urgente e com efeitos imediatos” da DeepSeek, depois de não ter recebido informação solicitada.

Também os reguladores da Coreia do Sul, França e Irlanda (esta última a supervisionar vários grupos tecnológicos em nome da União Europeia) solicitaram informações sobre a forma como a aplicação lida com os dados dos utilizadores.

Na segunda-feira, a aplicação liderou a tabela de descargas na App Store, tanto na China como nos Estados Unidos, batendo o popular ChatGPT.

A ferramenta de código aberto teve um impacto significativo na comunidade internacional de programadores e no setor tecnológico devido à sua eficiência e baixo custo.

Após as notícias, o conglomerado norte-americano de semicondutores Nvidia sofreu uma das piores perdas de capitalização alguma vez registada na praça bolsista nova-iorquina.

Desde 2019 que a administração pública de Taiwan está proibida de utilizar produtos e serviços de informação e comunicação considerados perigosos para a “segurança nacional” da ilha.

Taiwan há muito que acusam a China de ações de “zona cinzenta”, um conceito de relações internacionais que se refere a táticas hostis, incluindo ataques cibernéticos, que não chegam a ser uma declaração de guerra.

A China considera Taiwan parte do seu território e ameaçou recorrer à força, se necessário, para colocar a ilha, governada de forma autónoma desde 1949, novamente sob o seu controlo.

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