G7 reitera apoio a Kiev e ameaça Rússia com sanções se não negociar “de boa-fé”

O grupo de países que formam o G7 reafirmou hoje o seu “apoio inabalável” à Ucrânia na defesa da sua liberdade e integridade territorial e ameaçou Rússia com novas sanções se Moscovo não negociar "de boa-fé".

© Facebook de Volodymyr Zelensky

Esta posição foi manifestada na declaração final dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, após uma reunião realizada à margem da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Os chefes da diplomacia do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos e o Alto Representante da União Europeia (UE) “discutiram a devastadora guerra da Rússia na Ucrânia” e sublinharam o seu “compromisso de trabalhar em conjunto para ajudar a alcançar uma paz duradoura e uma Ucrânia forte e próspera”, refere o documento.

Segundo a declaração, os ministros dos Negócios Estrangeiros deste grupo de países também reiteraram a necessidade de desenvolver “fortes garantias de segurança para garantir que a guerra não é retomada”.

Os representantes diplomáticos manifestaram ainda satisfação pela “conversa de hoje com Andrii Sybiha, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia”, e recordaram o “importante contributo do G7 para o fim da guerra na Ucrânia”.

“Inclusive através de medidas previstas na Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia do G7, fornecendo apoio financeiro à Ucrânia através da utilização de lucros extraordinários de ativos soberanos russos, impondo custos adicionais à Rússia se não negociar de boa-fé, limitando os preços do petróleo e do gás e tornando as sanções contra a Rússia mais eficazes”, refere o comunicado.

Acrescentaram ainda que “quaisquer sanções adicionais após fevereiro devem estar ligadas aos esforços genuínos e de boa-fé da Federação Russa para pôr fim à guerra contra a Ucrânia, o que proporcionará à Ucrânia segurança e estabilidade a longo prazo como país soberano e independente”.

Após a reunião de hoje, Andrii Sybiha defendeu que o Presidente russo, Vladimir Putin, “deve enfrentar uma pressão económica e militar mais forte para ser forçado a terminar a guerra”.

“Precisamos de garantias de segurança fiáveis com os Estados Unidos a bordo para avançar em direção a uma paz justa e duradoura”, alegou o chefe da diplomacia ucraniana nas redes sociais.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que Kiev aceite a anexação de uma parte do seu território.

Os presidentes norte-americano e russo, Donald Trump e Vladimir Putin, conversaram esta semana por telefone sobre o lançamento de negociações de paz para pôr fim à guerra, sem ficar de imediato clara a inclusão de Kiev nesse processo e em que termos.

Posteriormente, Trump afirmou que a Ucrânia fará parte das negociações para pôr fim à guerra com a Rússia.

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